Representantes do comércio e do setor de bares e restaurantes receberam com preocupação as novas restrições do governo estadual anunciadas nesta terça-feira (22).
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Araçatuba, Wilson Marinho, o “abre e fecha” prejudica a recuperação da economia. Ele, porém, acredita que perder dois dias de trabalho nos dias 26 de dezembro e 2 de janeiro, não é tão ruim quanto seria fechar durante o mês de janeiro.
“É melhor do que fechar em janeiro. Nós estamos em uma situação difícil. Esse negócio de fechamento está acabando com o comércio. Porque fica desse jeito de uma hora fecha outra hora abre, fica uma dificuldade”, opinou Marinho.
Para ele, o comércio não é culpado pelo novo aumento de casos de covid-19. Wilson Marinho cita festas e praias como locais onde há maior possibilidade de contaminação.
“O que precisamos é ensinar o povo que o perigo é em outros lugares, onde tem aglomeração, na praia, nos bailes, é isso que realmente aumenta, o comércio não é o culpado disso não”, finalizou.
Já para o presidente dos Sindicato dos Hotéis, Bares e Similares de Araçatuba, Euflávio de Carvalho, o setor terá grande prejuízo. Ao contrário do comércio de rua e dos shoppings, estes estabelecimentos perderão dois finais de semanas inteiros de trabalho, o que pode representar queda de até 50% do faturamento do período.
“Recebemos com certa revolta porque o pessoal se preparou pra isso, comprou material e tudo mais. Mas aceitamos resignadamente, por causa da pandemia”, lamentou Euflávio.
O representante dos bares ainda criticou a classe política por ter deixado os cuidados com a pandemia de lado durante o período de campanha eleitoral realizado este ano.
“Não teve pandemia na época da eleição, mas agora eles vêm com essa hipocrisia. Mas será respeitado, o pessoal não gostou, o prejuízo será grande sim, porém, o sindicato tem recomendado a todos que sigam a determinação legal”, concluiu.