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17/12/2020 às 15h04min - Atualizada em 17/12/2020 às 15h04min

Descoberta a lápide de um membro da elite nazista em uma casa na Argentina

NAZISMO

HISTORY
Imagens: Domínio Público
A descoberta de uma lápide com dois nomes gravados em alemão, recentemente descoberta sob as fundações de uma casa solitária localizada em Mar del Sur, no litoral argentino, levou um grupo de pesquisadores especialistas na história dos nazistas naquele país a tentar descobrir quem foram Clara Probst (1877-1952) e Richard Schmidt (1886-1973), os nomes imortalizados no granito.

A lápide foi descoberta pelo novo proprietário do imóvel enquanto fazia um trabalho de reforma. Ela estava enterrada cerca de 30 centímetros abaixo do solo. Provavelmente os túmulos com os corpos do casal devem estar no local, mas o dono da casa não quis encontrá-los. "Se assim for, que eles descansem em paz", disse ele, que não quis ser identificado, ao jornal La Nación.

Depois de uma árdua tarefa que incluiu a análise das listas secretas do Partido Nazista Argentino (NASDAP), microfilmadas pelos Estados Unidos durante a ocupação aliada de Berlim em maio de 1945, especialistas conseguiram verificar que Richard Schmidt era o número dois na área de finanças do partido.


Schmidt figura como afiliado do NASDAP desde 1º de julho de 1932, quando tinha 46 anos de idade. A data também indica que ele foi um dos primeiros membrois de uma organização que chegaria a pouco mais de 2 mil seguidores de Adolf Hitler em 1936. 


De acordo com os investigadores, o homem nasceu em 1886, em Wroclaw, uma região alemã em disputa com a Polônia, onde o antissemitismo era forte. Tanto é verdade que esta cidade foi o último reduto de Hitler no leste da Silésia, onde combates sangrentos entre alemães e aliados ocorreram no final da Segunda Guerra Mundial, e serviu como quartel-general de campos de extermínio de judeus.


É importante destacar que este é apenas mais um capítulo da saga nazista de Mar del Sur, cidade litorânea argentina que já foi reconhecida pela presença do espião alemão Gustav Eickenberg. Dono de um rancho no local, ele foi protagonista de um plano de desembarque de oficiais da SS que fugiram da Alemanha a bordo de submarinos após a capitulação do Reich. De acordo com documentos revelados em 2012 por autoridades alemãs, cerca de 9 mil soldados e colaboradores do Terceiro Reich fugiram para a América do Sul após a guerra. Cinco mil deles ficaram na Argentina. 
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