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09/12/2020 às 14h47min - Atualizada em 09/12/2020 às 14h47min

Navio funerário viking encontrado na Noruega pode ter pertencido a rei ou rainha

HISTÓRIA

HISTORY
Um grande navio viking foi encontrado enterrado em uma fazenda na localidade norueguesa de Gjellestad em 2018. Desde então, ele vem sendo estudado por pesquisadores. Agora os arqueólogos levantam a hipótese de que a embarcação pode ter sido usada como barco funerário no sepultamento de algum rei ou rainha.

A embarcação tem cerca de 20 metros e estava enterrada em um monte a apenas 50 centímetros do solo. Ela foi descoberta com a ajuda de um radar de alta resolução. No passado remoto, o local foi usado como cemitério pelo legendário povo guerreiro escandinavo. Os arqueólogos estimam que o barco pode ter ficado enterrado lá por mais de 1200 anos.

Os pesquisadores esperam concluir a escavação do navio neste mês. Trata-se da primeira embarcação viking desenterrada em mais de cem anos na Noruega. Segundo a imprensa do país, outros barcos do tipo foram escavados em 1868, 1880 e 1904. A maior parte do navio apodreceu ao longo dos séculos, mas o arqueólogo Knut Paasche acredita que o que restou poderá ser usado para a construção de uma réplica.

Segundo Christian Rodsrud, líder da escavação, a embarcação encontrada em Gjellestad pode ter sido usada para sepultar um rei, rainha ou jarl (espécie de guerreiro nobre). Os pesquisadores chegaram a essa conclusão pelas grandes dimensões do barco, símbolo de uma alta posição social.

Segundo os pesquisadores, o local onde o navio estava enterrado foi alvo de saques, talvez cometidos por rivais da família dos nobres ali enterrados. Profanar a sepultura pode ter sido um ato político, de acordo com os arqueólogos. Na embarcação, foram localizados os ossos de um animal (possivelmente um cavalo ou um touro), mas nenhum osso humano foi encontrado. 

Na mitologia nórdica, os barcos simbolizavam uma passagem segura para a vida após a morte. Assim, túmulos eram construídos para se assemelhar a navios, com pedras usadas para delinear a forma de uma embarcação. Já indivíduos de alta patente, homens ou mulheres, eram enterrados em navios de verdade. Um dos mais extravagantes barcos funerários serviu de túmulo para duas mulheres, que provavelmente morreram por volta de 834 d.C. Conhecido como o "Navio Oseberg", é um dos artefatos vikings mais bem preservados já encontrados. 

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