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01/12/2020 às 14h25min - Atualizada em 01/12/2020 às 14h25min

Dia Mundial de Luta Contra a Aids: alimentação saudável pode aumentar a imunidade e prevenir as complicações da doença

Assessoria de Imprensa, Naves Coelho
Foto: Divulgação

Nesta terça-feira, 1º, é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A data não só ressalta a relevância da prevenção contra o vírus HIV, como também lembra sobre a importância do diagnóstico precoce e da adoção de hábitos saudáveis para a manutenção da qualidade de vida de pacientes soropositivos.

O vírus HIV causa prejuízos ao sistema imunológico de seus portadores, fazendo com os mesmos se tornem suscetíveis a doenças oportunistas. Caso a infecção não seja identificada em seu início e o paciente não procure por tratamento, ela pode evoluir para uma fase mais crítica, que é conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ou Aids. E é justamente por essa razão que os portadores do vírus devem se adequar a um estilo de vida mais saudável para fortalecer os seus sistemas imunes.

A alimentação saudável possui um poderoso papel na inibição do desenvolvimento das complicações provocadas pela Aids, pois uma nutrição apropriada e satisfatória revigora e consolida as defesas do corpo, fornece a energia necessária para a execução de atividades físicas e cumprimento de tarefas cotidianas, e ainda ajuda a prevenir doenças crônicas como diabetes, insuficiência hepática ou doenças do coração. É preciso ressaltar que o uso dos antirretrovirais é primordial para o controle da carga virótica e redução das chances de ocorrência de infecções. No entanto, uma boa dieta alimentar, além de nutrir o organismo, também auxilia na minimização dos efeitos colaterais destes medicamentos e proporciona maior disposição para a rotina diária.

O HIV pode fazer com que o metabolismo se torne mais rápido, contribuindo assim para a perda de peso ou até mesmo na construção de um quadro de desnutrição. Em alguns casos, o paciente pode seguir caminho contrário e sofrer de excesso de peso. Por isso, é essencial que os pacientes soropositivos mantenham o acompanhamento regular com um infectologista e também com um nutricionista, participando de consultas a cada seis meses. Dessa forma, o profissional conseguirá fazer modificações na alimentação do paciente de forma a prevenir e tratar possíveis problemas que eventualmente surgirem.

É interessante que os pacientes comam pequenas porções a cada três horas, optando por pratos bem diversos e coloridos, compostos por alimentos ricos em proteínas e gorduras boas, como as carnes magras, peixes e queijos brancos. Também é recomendável a ingestão de frutas, legumes, vegetais e alimentos integrais e fibrosos, e a diminuição do consumo de frituras e comidas ultraprocessadas e com muitos conservantes.  É indispensável que os pacientes reduzam o consumo de sal e açúcar refinado, e bebam ao menos 2 litros de água por dia, complementando a hidratação com outros líquidos como a água de coco, chás e sucos naturais.

Alimentos com ação anti-inflamatória, como a acerola, goiaba, laranja e abacaxi, e ainda os que são ricos em ômega 3, como o salmão, sardinha, atum, chia, linhaça e gergelim também são ótimas alternativas, pois asseguram a proteção de órgãos como o coração, fígado, intestino e pâncreas, e atenuam os riscos de doenças cardiovasculares.

Os cuidados com a higienização dos alimentos também são muito importantes, pois o consumo de algo contaminado pode causar vômitos, diarreias e infecções intestinais, sintomas perigosos para pacientes soropositivos. Os alimentos e os utensílios envolvidos na preparação dos mesmos devem ser bem lavados e mantidos fora do alcance de insetos. Carne e ovos crus devem ser evitados na dieta. Para fatiar legumes, verduras ou algum tipo de proteína é preferível o uso de tabuas plásticas ou de vidro, mas logo em seguida, tudo precisa ser limpo adequadamente.
 

Lucas Penchel, clínico geral e CEO da Clínica Penchel


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