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26/11/2020 às 08h07min - Atualizada em 26/11/2020 às 08h07min

Polícia Civil cumpre mandados em Araçatuba em operação nacional contra pornografia infantil

Portal LR1
Foto: Vitor Moretti
Uma operação coordenada pela Polícia Civil de São José do Rio Preto prendeu mais de 50 pessoas nessa quarta-feira (25) em diversos municípios de quatro estados brasileiros contra a pedofilia e pornografia e exploração infantil. A ‘Black Dolphin’ também cumpriu dois mandados de busca e apreensão nos bairros São João e Vila Aeronáutica, em Araçatuba.

A reportagem do jornal O LIBERAL REGIONAL apurou que as investigações começaram em 2018 quando um homem foi preso em São Paulo suspeito de tentar levar a sobrinha para a Disney e vendê-la para abusadores russos. O suspeito iria alegar que a menina teria desaparecido no parque temático.

A partir dessa prisão, a Polícia Civil iniciou uma investigação de organização criminosa em 2019, já que havia indícios de uma estrutura piramidal, incluindo distribuição de tarefa entre os membros do grupo criminoso. Diante disso, foram realizadas infiltrações em mais de 20 comunidades na chamada ‘deepweb’ a fim de endossar o inquérito policial.

Nesse tempo foram encontradas mais de dez mil contas de e-mails, mais de cinco ‘nuvens’ exclusivas com imagens de abusos infantis, abrigadas em países do leste europeu. Além disso, os investigadores encontraram predadores que produziam, compravam e vendiam material de abuso infantil, sequestro e tráfico de crianças.

Ainda em 2019, a polícia localizou o nome de um provável chefe da organização criminosa, que ainda ironizava uma suposta ação policial. “Dizia que estavam protegidos pelo anonimato e que as leis brasileiras são ridículas. Afirmava que no Brasil não tinha prisão para segurá-los. Somente a Colônia número 6 Russa, conhecida como Black Dolphin, poderia detê-los. Essa prisão localiza-se junto à fronteira do Cazaquistão, abriga somente presos condenados à prisão perpétua e é conhecida pelo rigor no tratamento aos detentos”, informou a Polícia Civil.

IDENTIFICAÇÃO

Em 2020, o suposto líder do grupo foi identificado com residência no Brasil. Em agosto do mesmo ano, a Delegacia Seccional de Polícia de São José do Rio Preto instaurou inquérito, que foi distribuído pela Vara da Infância e Juventude do município. A Justiça autorizou a quebra de sigilo telemático dos envolvidos e expediu os 225 mandados de buscas e de prisão, além de dez de prisão nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

O chefe do esquema, um técnico de informática de 43 anos foi preso em Rio Preto durante a manhã de quarta. Com ele, os policiais constataram mais de 200 mil arquivos contendo pornografia infantil. O suspeito prestou depoimento, pagou fiança de cinco mil reais e vai responder pelo crime em liberdade.

Até o fechamento dessa edição, outras 52 pessoas tinham sido presas nos 85 municípios alvos dos trabalhos. Muitas delas foram detidas em flagrante por conta do armazenamento ou compartilhamento do conteúdo ilegal.

Em Araçatuba, policiais civis do GOE (Grupo de Operações Especiais) cumpriram dois mandados de buscas, nos bairros São João e Vila Aeronáutica. Na casa de um dos investigados foi apreendido um celular e um notebook para averiguação. Ninguém foi preso na cidade.

 
*matéria cedida pelo Portal LR1

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