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10/11/2020 às 10h37min - Atualizada em 10/11/2020 às 10h37min

Preço do feijão pode ficar menor nos próximos meses

Projeto no Senado ainda não tem data para ser votado

Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
Ao lado do arroz, o feijão é um dos alimentos mais democráticos do Brasil. Rico em proteínas, ele faz parte - ou deveria fazer - da dieta de toda a população, independentemente da região, idade ou classe social.
 
No entanto, os preços do grão têm dificultado o acesso de parte dos brasileiros. De acordo com dados do IPCA de outubro, o feijão preto subiu 36,7% este ano. Considerando que ele é um produto essencial, o aumento do custo pesa no orçamento, ainda mais de quem perdeu o emprego ou teve a renda diminuída.
 
Diante dessa situação, o governo irá analisar o projeto de lei (PL 4.760/2020). De caráter emergencial, ele inclui uma série de medidas para conter o aumento nos preços da dieta básica, o que inclui o popular feijãozinho de cada dia. Entenda o que está em jogo e o que pode mudar nos próximos meses!
 
 
Entenda o que prevê o projeto que está no Senado
 
O projeto que está no Senado¹ estabelece medidas emergenciais para garantir a oferta de alguns alimentos essenciais. Para as safras de 2020/2021 e 2021/2022, a expectativa é que ações de financiamento e comercialização de culturas de produtos como feijão e mandioca sejam por feitas com recursos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) terão taxas zero condições especiais para investimentos.
 
De acordo com informações do Senado, em situações de baixa, o governo ainda pode estipular valores mínimos, capazes de remunerar os custos com mais 15% para incentivar a agricultura familiar. Além disso, nesses períodos, ainda pode haver tarifas aduaneiras para alimentos fora do Mercosul.
 
Consequentemente, os alimentos brasileiros poderão ter um custo menor se comparado aos estrangeiros. Isso ajudaria o mercado nacional e favorecer os consumidores.
 

 
Motivos para o aumento dos alimentos
 
Diversos fatores têm contribuído para o aumento dos preços nos alimentos². Um dos principais é a diferença cambial. Como o dólar se valorizou bastante frente ao mercado, as exportações se tornaram mais atrativas, o que fez com que a oferta doméstica diminuísse.
 
No caso do arroz, os produtos encareceram, porque de março a julho houve uma queda de 59% na importação. Já a carne, sofreu um grande impacto das importações, uma vez que a China adquiriu boa parte do que estava disponível no Brasil.
 
Outro aspecto que pode elevar o preço dos alimentos é o dos combustíveis. A logística mais cara reflete diretamente na distribuição dos produtos.
 
Diante desse cenário, o setor de supermercado vem tentando realizar ofertas, e até oferecer alternativas ao consumidores. Segundo informações do Supermercado Dia, disponíveis no Porta Folhetos, é possível encontrar um kilo de feijão por R$ 5,49.
 
Enquanto o projeto do governo ainda não começa a valer, o jeito é buscar as promoções e substituir alguns alimentos. O feijão, por exemplo, pode ser substituído por lentilha para acompanhar o arroz. No que se refere aos nutrientes, o feijão é rico em ferro, que também pode ser encontrado em carnes, na gema do ovo, vegetais escuros, como espinafre e muito mais.
 
Como visto, se aprovadas, as novas medidas podem impulsionar a agricultura familiar e frear o aumento dos preços dos alimentos. Assim, mesmo que dólar crescendo, isso poderá não impactar tanto no orçamento dos brasileiros - pelo menos em itens essenciais, por exemplo, o arroz e o feijão.

 
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