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30/10/2020 às 16h29min - Atualizada em 30/10/2020 às 16h29min

Jovem estava grávida e casal foi queimado vivo, confirma a polícia

Portal LR1
Foto: Reprodução Portal LR1
Conforme O LIBERAL REGIONAL havia divulgado na edição dessa sexta-feira, a jovem Ellen Priscila Ferreira da Silva, 24 anos, morta carbonizada junto com Ely Carlos dos Santos, 39, na madrugada do dia 17 de outubro em uma área de difícil acesso entre Birigui e Coroados, estava grávida. Por isso o homicídio foi triplamente qualificado. O pai do bebê, um operário de 38 anos e a mulher dele, de 36 anos, estão presos acusados de envolvimento no crime. Os outros presos são um homem de 35 anos e um jovem de 19 anos. Os quatro foram presos na quinta-feira em operação coordenada pelo delegado Paulo de Tarso de Almeida Prado.

O pai do bebê e o principal suspeito pela morte da jovem e de Ely Carlos, é o operário de 38 anos, que na madrugada do dia 21 de outubro relatou à polícia que estava consumindo droga no Parque das Nações, em local conhecido como Lagoa, quando três homens encapuzados, em um veículo possivelmente Corolla, o abordaram e o agrediram. Depois o amarraram com o cadarço do tênis e o enrolaram com arame farpado. Ele disse que simulou desmaio para escapar de ser queimado vivo. Os supostos agressores fizeram referência a uma tentativa de homicídio ocorrida em julho. O operário foi o autor das facadas. A mulher do operário disse que foi invenção dele para despistar a polícia. Por isso simulou a agressão.


CRONOLOGIA

No dia 24 de julho, o operário tentou matar um homem a facadas. O crime foi visto por Ellen Priscila e Edy Carlos, que eram companheiros de uso de droga do operário. A vítima disse que foi ferido por um casal. Porém, em depoimento, o operário disse que agiu sozinho. Assim, Ellen e Ely Carlos foram ouvidos como testemunha.

A jovem acabou ficando grávida do operário, que estava separado da mulher. No entanto, eles reataram o relacionamento e a mulher também engravidou. A partir daí o trio passou a ter problemas de relacionamento e Ellen insistia em ter a criança.


MORTE DO CASAL

O operário, Ely Carlos e Ellen Priscila consumiam droga juntos. Por isso, o encontro não foi difícil, assim como a execução do crime no dia 17 de outubro. A polícia ainda está apurando como foi a abordagem do casal que foi levado para a morte.

O casal foi encontrado morto e carbonizado em um veículo Ford Ka, que pertencia à mãe de Ellen. Os dois, segundo a polícia, foram queimados vivos. Antes, jogaram gasolina e depois atearam fogo no casal, que foi encontrado dentro do carro. Um no banco traseiro e o outro no assoalho, entre os bancos dianteiro (estavam rebatidos) e traseiro.


INVESTIGAÇÃO

O operário e pai do bebê simulou indignação para algumas pessoas próximas e do convívio, relatando que queria acertar contas com quem matou a mãe de seu filho. Porém, a polícia verificou que um Prisma fez o percurso do local do crime, o que levantou suspeitas quanto à participação do operário.


SIMULAÇÃO

Como a polícia estava avançando nas investigações, na madrugada do dia 21 de outubro, enquanto consumia drogas, teve a ideia de simular a agressão para desviar a atenção da polícia. Não deu certo.

PRISÃO

Com fortes evidências da participação do operário e de sua mulher no crime e de outras pessoas, o delegado Paulo de Tarso optou por representar à justiça, pedindo os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos na quinta-feira (29). Os quatro foram presos.

DEPOIMENTO

Ao longo da quinta-feira, a polícia ouviu todos os envolvidos no crime. A companheira do operário disse que ele inventou a história da agressão do dia 21 para enganar a polícia, aparecendo de vítima. A mesma disse que na madrugada em questão o operário esteve em sua casa bastante machucado e disse que haviam tentado mata-lo. O fato foi comunicado à polícia e ele foi levado para o pronto-socorro. Ela usou o Prisma para acompanha-lo no atendimento médico. Antes do atendimento, ele pediu para que ela o levasse à delegacia. Foi aí que ela descobriu a farsa, pois ele disse que foram as mesmas pessoas que tinham matado Ellen e Ely Carlos. Ela sabia que era mentira, pois tinham sido eles os autores do duplo homicídio. Na residência, ao questioná-lo, ele confessou que havia inventado a história e que ele mesmo fez os ferimentos, sob efeito de droga.

O delegado Paulo de Tarso, responsável pela investigação, disse que o casal encontrado carbonizado foi queimado vivo. O delegado disse que ficou comprovado que o casal foi amarrado dentro do carro e teve os corpos queimados após serem molhados com gasolina.

MOTIVAÇÃO

Mesmo com os depoimentos dos envolvidos, a motivação para os crimes ainda não está bem clara. O motivo mais forte pode ser a questão passional. Porém, há outras linhas avaliadas pela polícia, como vingança, pelo casal ter testemunhado sobre a tentativa de homicídio e até mesmo dívida de drogas.

PRISÃO PREVENTIVA

Diante da gravidade do crime cometido e das provas obtidas, o delegado deve pedir a conversão da prisão dos quatro envolvidos em prisão preventiva.

 
*matéria cedida pelo Portal LR1


 
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