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02/04/2018 às 10h31min - Atualizada em 02/04/2018 às 10h31min

Páscoa: intoxicação de animais por chocolate pode levar à morte

Especialistas apontam os riscos que um animal pode sofrer ao ingerir chocolate.

ANDA Agência de Notícias de Direitos Animais
Cães não devem comer chocolate na Páscoa, cuidado. (Foto: Reprodução/Instagram)
Casos de intoxicação aumentam em datas comemorativas; pense antes de liberar um pedaço do ovo de páscoa para os animais domésticos. No período do ano preferido pelos chocólatras de plantão, é preciso tomar cuidado com alguns membros específicos da família: chocolate é extremamente tóxico para os animais.

Muito alimentos, que fazem parte da nossa dieta regular, não devem ser ofertados aos nossos amigos. ''Dentre eles, o café, alho, cebola e o chocolate, sendo o último responsável pela maior incidência de intoxicação alimentar em cães”, afirma Cibele Erreiras Ruiz, médica veterinária, consultora do Grupo Ipet e especializada em nefrologia e urologia.

Essa intoxicação encontra-se entre os 20 envenenamentos mais comuns descritos pelo National Poison Control Center – EUA (Centro de Controle Nacional de Envenenamento dos Estados Unidos).
Chocolate é nocivo tanto para cães quanto para gatos; as imagens foram garimpadas no Instagram, através das hashtags #easterdog e #eastercat

Chocolate é nocivo tanto para cães quanto para gatos; as imagens foram garimpadas no Instagram, através das hashtags #easterdog e #eastercat



“Chocolate é tóxico porque nele há uma substância chamada teobromina, que cães e gatos não conseguem metabolizar”, informa Marcus Reis, cardiologista veterinário.

A quantidade da substância aumenta de acordo com o teor lipídico do chocolate, ou seja, quanto maior a concentração de cacau e mais amargo o ele for, maior a quantidade de teobromina. “Não existem níveis seguros de consumo de chocolate para animais. Por conta dos nossos chocolates terem pouco cacau, algumas pessoas dizem que já deram chocolate e não houve problema. Mas quanto maior a porcentagem de cacau, maior risco”, comenta o veterinário.

“A dose tóxica para os animais varia de acordo com o porte, peso e sensibilidade do animal à substância. De modo geral, em cães, é de 100 a 165mg por kg e em gatos é de 80 a 150mg por kg. Acima de 250mg/kg a dose passa a ser letal e sinais clínicos leves podem ser observados em cães que ingeriram 20mg por kg”, orienta Cibele.

Os sintomas dependem da quantidade ingerida e do estado de saúde do animal, podendo surgir isoladamente ou de maneira concomitante. “Os mais comuns são: excitação, nervosismos, batimento cardíaco acelerado, dor abdominal, vômito, diarréia, sede excessiva, respiração acelerada, tremores, espasmos musculares e até mesmo convulsões”, diz a profissional. É importante observar de perto o animal e ao menor sinal de suspeita de ingestão levar ao médico veterinário.

“As manifestações clínicas podem surgir entre seis e 12 horas após a ingestão do chocolate e os tratamentos com maior êxito começam até três horas após a ingestão. Quando o tratamento é iniciado de maneira tardia, e já existe a incidência de complicações cardíacas e episódios convulsivos, a taxa de mortalidade é bastante elevada. A morte após a ingestão acontece em um período de 24h. Os animais que sobrevivem podem levar até três dias para se recuperarem”, pontua Cibele.

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