Foto: Divulgação Manter uma rotina de skincare é uma das metas de muita gente. No entanto, você já parou para pensar nos impactos que o uso de determinados cosméticos para tratamentos e
cuidados com a pele pode trazer para o seu organismo com o passar dos anos?
Esta é uma das principais preocupações do movimento
clean beauty, traduzido como “beleza limpa”, em português. A pegada sustentável está muito atrelada a essa tendência, que veio para renovar os ares do mundo dos cosméticos.
No Brasil, o mercado de cosméticos é um dos que mais cresce no mundo. Para se ter uma ideia, desde 2014, já houve um salto de US$ 10 milhões, segundo a agência Statista. Por sua vez, o consumidor tem se mostrado mais interessado em saber quais são as substâncias utilizadas nos produtos.
Observar se existem componentes tóxicos na formulação é uma das preocupações de cerca de 50% das mulheres, de acordo com a agência The NPD Group.
O mais interessante é que a
clean beauty é um movimento que preza exatamente por esse tipo de cuidado.
Ela tem ganhado força, principalmente, no Japão e nos Estados Unidos, mas vem se expandindo por todo o mundo, até mesmo no Brasil. O objetivo é buscar produtos que tenham a menor quantidade tóxica possível na sua composição.
É o que explica a dermatologista Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): “para serem considerados ‘limpos’, os cosméticos não devem conter ativos que podem causar riscos à saúde, como alterações hormonais, irritação cutânea e câncer”, afirma.
Por conta disso, “os cosméticos não devem conter, por exemplo, ingredientes como parabenos, ftalatos, sulfatos e fragrâncias sintéticas”, ativos, muitas vezes, presentes em produtos do uso diário, como shampoos, cremes e sabonetes.
Outro ponto do movimento é a clareza nas embalagens, no que diz respeito à fórmula dos produtos: “isso não significa apenas listar todos os ingredientes que fazem parte da formulação, mas não enganar o consumidor com termos genéricos”, conclui Claudia.
Apesar dessa inovação e aparente afinidade com movimentos mais sustentáveis, exatamente por buscar uma formulação livre do excesso de produtos tóxicos, não podemos confundir a
clean beauty com outras linhas voltadas para o cuidado com o meio ambiente, como os produtos veganos, orgânicos e naturais.
Diferença do veganismo
Um dos erros de pensar no movimento
clean beauty é associá-lo ao veganismo, que condena todo tipo de prática que utiliza animais, seja na composição ou nos testes de laboratório. Isso porque a beleza limpa não desconsidera o uso de materiais de origem animal em seus produtos.
Contraste do orgânico
Outro erro comum é achar que beleza limpa é sinônimo de produtos orgânicos. Na verdade, o movimento preza por ingredientes que sejam seguros, independente de serem artificiais ou não.
Eficácia sem toxinas
Muita gente pode duvidar, mas, sim, este tipo de produto consegue alcançar uma determinada eficácia, mesmo sem a presença de toxinas, como parabenos e sulfatos, em sua composição. Isso porque sua produção envolve técnicas que utilizam alta tecnologia, de forma a oferecer um cosmético seguro e eficaz.
Preocupação a longo prazo
A ausência ou o baixo teor de toxinas na composição de produtos
clean beauty tem por objetivo a preocupação com o organismo humano a longo prazo, já que a maioria não oferece testes para saber os efeitos do uso contínuo com o passar dos anos. Isso significa menos toxinas agora e mais qualidade de vida no futuro.
Coerência no processo de produção
Um dos aspectos fundamentais da
clean beauty é prezar por uma cadeia produtiva responsável, isto é, que não traga danos ao meio ambiente nem às pessoas envolvidas no seu processo de cultivo e produção.
Optar por produtos
clean beauty, bem como assumir uma postura mais cautelosa em relação à forma como consumimos hoje, por exemplo, são alguns passos rumo a um mundo mais saudável e sustentável.
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