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29/03/2018 às 14h52min - Atualizada em 29/03/2018 às 14h52min

Pesquisadores descobrem rede de fluidos nunca antes vista no corpo humano

CanalTech
Foto: Imagem Ilustrativa
Pesquisadores da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, em Nova York, acabam de anunciar a descoberta de um novo conjunto de redes de fluidos após uma endoscopia de esôfago, que é feita com uma sonda e uma pequena câmera acoplada na ponta.

Com a ajuda de uma nova técnica chamada endomicroscopia confocal a laser, os cientistas conseguiram analisar "de perto" um tecido do ducto biliar que conta com uma rede nervurada de filamentos de colágeno preenchidos com fluido.

Segundo o relatório do estudo, quando essas áreas foram examinadas anteriormente, as ferramentas usadas por médicos e fisiologistas acabavam comprimindo o colágeno e, consequentemente, espremendo o fluido.

Para confirmar a hipótese, os pesquisadores contaram com a ajuda de 12 pacientes que entrariam em cirurgia e que permitiram que os cirurgiões tingissem e removessem os tecidos durante o procedimento, congelando as amostras para um exame mais completo.

Segundo os cientistas, as novas estruturas devem estar presentes em todo o corpo humano e, apesar de ainda não existir certeza do motivo, as redes de fluidos podem funcionar como forma de amortecimento para que os órgãos contraiam e se expandam confortavelmente.

Tumores

A descoberta também pode estar ligada a como os tumores se espalham pelo corpo. Neil Theise, patologista líder do estudo, conta que se as células cancerígenas surgem em meio a estes fluidos, elas podem facilmente serem recolhidas pelo sistema linfático. Theise ainda comenta que inchaços, condições inflamatórias e doenças hepáticas também podem ser afetados pelas redes de fluidos.

Agora, a dúvida dos cientistas é se a rede pode ser considerada um órgão. Segundo alguns estudos da medicina, órgãos são aqueles com papéis específicos, como o estômago, rim ou bexiga. Já outros afirmam que podem ser classificados como órgão tudo aquilo que é uma estrutura sólida no corpo, o que deixaria o sangue de fora, por exemplo.

Com a descoberta, agora os pesquisadores podem explorar novas formas de entendimento de condições que afetam o corpo humano, principalmente sobre como os tumores se espalham pelo corpo.
 
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