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08/10/2020 às 11h30min - Atualizada em 08/10/2020 às 11h30min

Setembro de 2020 foi o mês mais quente da história, diz centro de pesquisas

Cientistas acreditam que as temperaturas permanecerão altas até o final do ano

ANDA
Foto: Divulgação
O centro de pesquisas global Copernicus Climate Change (C3S) divulgou um levantamento que prova que setembro de 2020 foi o mês mais quente da história. O recorde, que até então pertencia a setembro de 2019, foi batido com um aumento de 0,05 graus Celsius.

Cientistas acreditam que as temperaturas permanecerão altas até o final do ano, o que garantiria a 2020 o título do ano mais quente já registrado pela ciência, até então pertencente a 2016. Nos dois anos, houve o esfriamento do Oceano Pacífico equatorial, levando à formação do fenômeno La Niña.

Com as temperaturas elevadas, incêndios se perpetuaram com mais facilidade em todo o mundo. Foram registradas queimadas na Sibéria, na Califórnia, na Amazônia, no Pantanal e em São Paulo.

“Esta onda de calor que se instalou no Brasil no final de setembro e nos primeiros dias de outubro de 2020 será amplamente estudada pela academia porque está reescrevendo a climatologia de temperaturas no país, batendo recordes de calor de mais de cem anos”, explicou ao jornal O Globo a meteorologista Josélia Pegorim, do Climatempo.

No interior de São Paulo, temperaturas acima de 40 graus Celsius foram registradas por mais de 11 dias consecutivos. Na Europa, houve aumento de 0,05 graus Celsius em comparação a setembro de 2016, quando foi registrado recorde de calor. As temperaturas altas afetaram principalmente o Oriente Médio, a Austrália e partes da América do Sul.

O derretimento do gelo marinho no Ártico também registrou alta, tendo sido o maior já registrado desde setembro de 2012.

“Em 2020, foi registrado um declínio estranhamente rápido da extensão de gelo do mar Ártico durante junho e julho, na mesma região onde se registraram temperaturas acima da média. Isso aumentou a condição para que o mínimo de gelo do mar fosse particularmente baixo este ano”, explicou Carlo Buontempo, diretor do C3S.
 
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