Foto: Divulgação Assim como acontece com a gente, a falta de apetite nos animais pode ser um sinal de alerta. Mudanças de comportamento, como nos hábitos alimentares, são jeitos que os animais encontram de mostrar para o tutor que algo precisa ser revisto.
Diferente dos cachorros, os gatos costumam ter apetite seletivo, o que explica a variedade de sabores e texturas de rações existentes. Além do paladar, eles possuem um olfato bastante apurado e vão utilizá-lo para avaliar o alimento.
Por isso, o primeiro fator a ser observado se o seu gato não come é o que você está oferecendo para ele. Há vários
tipos de rações no mercado, e o motivo pode ser apenas que o animal não se adaptou, enjoou da marca ou do sabor escolhido.
Nesses casos, tentar outra opção pode resolver a situação. No entanto, é importante lembrar de fazer a transição aos poucos, para que o pet se adapte à nova ração e não exagere no consumo, o que pode ocasionar problemas gástricos e renais.
Porém, nem sempre a solução é simplesmente trocar o alimento. A recusa a comer também pode ser sinal de alguma doença física ou psicológica. Conheça as causas mais comuns para um gato recusar comida.
Ansiedade, estresse e depressão
Eles também sofrem com estas doenças emocionais, e as causas podem ser várias: mudanças de casa ou na rotina, saudades de um membro da família ou de outro pet que se mudou, traumas e solidão, por exemplo. Nesses casos, não comer é uma forma de chamar a sua atenção para a questão que o está afligindo.
A solução costuma passar por identificar a origem do problema e tratá-la. Se o caso for de mudança, tenha paciência com a fase de adaptação. Além disso, você pode passar mais tempo com o seu gato, investir em brinquedos interativos ou até adotar outro bichinho para fazer companhia a ele.
Geralmente, assim que se sentem seguros e acolhidos, os gatos começam a voltar a se alimentar normalmente. Em casos graves, se o animal passa vários dias sem comer, pode ser necessário buscar a ajuda de um veterinário ou especialista em comportamento animal.
Excesso de comida disponível
Embora muita gente faça isso, alimentar o animal em livre demanda, ou seja, sempre deixar ração disponível, pode não ser uma boa ideia. O primeiro motivo é que ele pode comer demais e ficar obeso, problema que, inclusive, é muito comum em felinos.
O outro motivo é que os gatos são muito higiênicos, preferindo que os potes de água e ração estejam sempre limpos e frescos, o que é mais fácil de garantir se o tutor estipular horários para alimentar o pet.
O ideal é oferecer o alimento várias vezes ao dia, por um curto período. Os gatos gostam de petiscar e preferem comer pouco várias vezes ao dia do que ingerir uma grande quantidade de comida de uma vez só.
Há, ainda, o fato de que muitas rações podem perder crocância, cheiro ou sabor se ficam expostas por muito tempo e, como os gatos são seletivos, vão recusá-la.
Oferecer petiscos também não é recomendado pelos especialistas e pode atrapalhar a rotina alimentar do animal. Se você não resistir à tentação de agradar o pet, faça isso somente em datas especiais ou no final de semana.
Bola de pelo, intoxicação alimentar ou viroses
Os gatos limpam-se sozinhos e, nesse processo, acabam ingerindo pelos, que podem se acumular no trato gastrointestinal. Para evitar o problema, é recomendado escovar o gato regularmente e investir em alimentos específicos, que ajudam com a questão.
A falta de apetite também pode ser sinal de alguma intoxicação alimentar ou virose. É importante que o tutor esteja atento a outros sintomas, como vômito, desânimo ou febre, e procure ajuda veterinária se notar algum deles.