Foto: Divulgação A sustentabilidade é um dos assuntos mais comentados dos últimos anos. Os impactos das atividades humanas no meio ambiente têm sido discutidos em diversos setores, desde abordagens teóricas até questões práticas. A arquitetura, o design e a decoração não ficam de fora dessas discussões, configurando uma tendência: a decoração sustentável.
Isso porque, além de proporcionar uma conexão maior com a natureza, especialmente para quem tem imóveis
na capital, uma casa verde contribui para a diminuição desses mesmos impactos que vêm sido discutidos nos últimos anos.
Ao contrário do que possa parecer, porém, a decoração sustentável não tem necessariamente a ver com uma identidade estética única. Diversos visuais podem valer dela, o que, efetivamente, a define são as práticas por trás das escolhas estéticas de composição dos ambientes da casa.
Redução como princípio
A famosa frase “menos é mais” é atribuída ao arquiteto Ludwig Mies van der Rohe. Na ocasião, ele referia-se ao minimalismo, tendência da qual ele é um dos precursores no ramo da arquitetura. Apesar de o minimalismo estar alinhado com as questões ecológicas, a redução na decoração sustentável vai além da pura redução da quantidade de objetos que se possui.
Nesse caso, pode-se falar de um menor consumo de maneira geral. A cada nova compra, os impactos do objeto, desde a produção até a finalização, devem ser considerados. A partir disso, deve-se dar preferência para aqueles em que a natureza foi respeitada, com uma efetiva redução de danos.
Certifique-se, por exemplo, que os móveis e os itens de decoração de madeira foram fabricados por empresas que têm autorização para a realização dessas atividades. O desmatamento é um dos principais problemas da crise climática contemporânea.
Além de acelerar o processo de aquecimento global, a retirada de árvores de locais protegidos deixa comunidades humanas e não-humanas em situação de extrema vulnerabilidade.
Vale lembrar que, embora não se trate apenas de uma redução em número, esta também é uma consideração importante a ser feita. Pense na real necessidade de cada objeto que deseja comprar.
Reutilização como filosofia
Comprar móveis usados e utilizar madeira de demolição para o piso da sala são alguns exemplos de como a reutilização de materiais usados pode ser incorporada na decoração de sua casa. Se, antes, essa prática era mal recebida por muitos, hoje, ela é uma tendência.
Além de colaborar para a diminuição da quantidade de lixo produzido, reduzir está alinhado com o simbolismo que os objetos carregam. Verdadeiros achados podem ser adquiridos nessa aventura. Vários antiquários e até brechós têm seções inteiras dedicadas a objetos de decoração. Vale o garimpo.
Engana-se quem imagina que apenas objetos vintage e retrô entram nessa categoria. É possível encontrar itens com design contemporâneo e até futurista nessa busca. Vale ressaltar, outra vez, que a decoração sustentável não é sobre uma estética definitiva e, sim, sobre as práticas que informam as decisões de sua feitura.
Reciclagem como medida
A reciclagem na decoração ainda é algo novo, mas, com certeza, deve ser considerada. Grande parte dos materiais descartados diariamente é passível de reciclagem. Muitas empresas, tanto de pequeno, quanto de grande porte, estão observando o potencial de fabricar objetos novos, utilizando esses materiais.
Possivelmente, o material com maior potencial danoso nesse sentido é o plástico porque ele chega a demorar séculos para se decompor. Ao mesmo tempo, ele também é um dos materiais mais utilizados em todos os setores de confecção de produtos, inclusive na decoração.
Assim, caso decida comprar qualquer objeto de plástico, prefira aqueles que utilizam a reciclagem como processo. É bem fácil encontrar belas cadeiras, completamente novas, que foram confeccionadas a partir da reciclagem desse material.