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17/09/2020 às 14h34min - Atualizada em 17/09/2020 às 14h34min

Por que o preço do arroz está tão caro?

Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
Quem acompanha as notícias do Brasil ou quem foi no supermercado nos últimos dias notou – e tomou um susto – com os valores da prateleira do arroz. O preço desse item básico da mesa dos brasileiros está em alta e tem sido motivo de dúvida entre diversos setores.

Mas o que interfere nessa alta de preços no país, o dólar, as bolsas de valores no mundo, falta de produção, alta demanda, inflação? Muitos são os motivos levantados e citados para justificar esse aumento.

Desde o plantio até chegar no supermercado para entrar na casa das pessoas, alguns aspectos são importantes para o preço que são repassados aos alimentos, confira esses pontos!
 

A alta do preço do arroz

O arroz é um dos principais componentes da alimentação brasileira e esse prato tão básico tem sido motivo de preocupação de Norte a Sul do Brasil. Se até pouco tempo encontrávamos o saco de arroz por cerca de R$8 a R$15, nos dias de hoje ele já chegou a ser visto por mais de R$40,00 e com limitações de venda de sacos por pessoas.

Os alimentos foi um dos destaques da alta da inflação oficial em agosto e o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo obteve sua maior alta para o mês desde 2016.

Um Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP), mostra que o preço do arroz aumentou 120% nos últimos 12 meses.

A disparada desse preço pode ser explicada por diversos motivos. Um deles é o aumento da demanda do mercado nacional e internacional. O arroz é um item com “demanda fixa” no mercado e com quantidades pré-definidas de plantio de acordo com essa demanda.

Porém, nos últimos meses, subiu o interesse e busca da população por esse item. Essa demanda é puxada pelo coronavírus, em que as pessoas estão mais em casa, abrindo mão de restaurantes todos os dias e aumentando seu hábito de cozinhar.

Essa demanda é importante, mas não é só ela que justifica tamanha diferença de preço. A desvalorização do real é um dos maiores contribuintes para essa alta no valor. Nos últimos meses o real desvaloriza cada vez mais frente ao dólar, que sobe a cada dia.

Sendo assim, fica mais barato para outros países comprar produtos produzidos em reais, fazendo com que o câmbio favoreça a taxa de exportação. Muito do arroz nacional foi exportado para diversos países, fazendo com que a distribuição interna diminuísse. Exportar o grão passa a render mais para os produtores, fazendo com que o aumento seja repassado ao mercado interno.

Com venda para o exterior, dólar alto e real desvalorizado, aliados à redução de área plantada no Brasil devida às últimas safras, o arroz aumenta fortemente sua demanda interna, puxando uma grande alta nos preços.
 

Quando o preço vai abaixar?

Para diversos especialistas, uma queda significativa do preço do arroz depende de uma valorização do real perante o dólar. É difícil prever que isso aconteça rapidamente, sendo assim, é imprevisível traçar datas para a diminuição do preço do grão.

Para outros técnicos, porém, independente do dólar, acredita-se que os preços tendem a cair apenas no começo de 2021. Historicamente, o preço do arroz costuma ser mais alto no segundo semestre do ano, por se tratar de um período de entressafra.

Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o preço do arroz deve se estabilizar a partir de fevereiro do ano que vem e essa recuperação estará ligada a nova safra de colheita do grão, prevista para janeiro, no Sul do país.

Nesse ano, colheu-se mais de 10 milhões de toneladas de arroz somente no Rio Grande do Sul, o maior produtor do Brasil de arroz. As expectativas para 2021 são ainda maiores.

Para esse ano, a ministra descarta qualquer possibilidade de desabastecimento do alimento no país.

Além do arroz, outros alimentos como leite, óleo e grãos tem acompanhado a alta e é tendência que diversos produtos da cesta básica sejam atingidos em alguns momentos por esses picos da inflação.

O aumento dos preços influencia muitas famílias brasileiras e a alta de diversos itens é um grande problema para a alimentação da população. Você tem notado o aumento no mercado? Além do arroz, o que mais você percebeu de diferença em sua conta? Mais do que nunca, é preciso ter atenção ao planejamento financeiro e lembre-se, não estoque alimentos ou itens! 

 
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