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12/09/2020 às 17h32min - Atualizada em 12/09/2020 às 17h32min

Nova "porta do inferno" aparece na Rússia

Aquecimento global

HISTORY
Cratera Batagaika (Imagem: Alexander Gabyshev Instituto de Pesquisa em Ecologia Aplicada do Norte/Reprodução)
A cratera de Batagaika – mais conhecida como “a porta do inferno” continua crescendo na Sibéria oriental, preocupando toda a comunidade científica internacional.  Mas essa não é a única abertura gigante no solo que existe na Rússia. Um novo alerta se acendeu entre os geólogos, devido à aparição de um novo buraco de 20 metros de diâmetro e 30 metros de profundidade na península de Yamal.

Segundo especialistas, o aquecimento global está fazendo com que o solo da região comece a derreter, liberando metano na atmosfera. Isso é uma má notícia, já que o metano é um gás de efeito estufa 30 vezes mais poderoso que o dióxido de carbono, causando uma espécie de explosão natural que cria esses tipos de crateras.

Especula-se que o aumento da temperatura e as enchentes fizeram com que o permafrost (a camada de gelo permanente) começasse a derreter, causando constantes deslizamentos nesse solo, que tem uma formação semelhante à de um desfiladeiro. A destruição do permafrost também está causando estragos no Ártico, fazendo surgir áreas pantanosas, mais conhecidas como thermokarst.

No passado, cientistas já haviam relacionado a formação de crateras ao aquecimento que afeta o território siberiano. Alguns pesquisadores levantaram a hipótese de que a cratera de Yamal pode ter sido formada em 2014 após um verão muito quente. Ultimamente, a Sibéria tem registrado temperaturas recordes. Há alguns meses, os termômetros de lá chegaram a atingir 40° C.

Apesar de seu tamanho impressionante, o novo buraco não se compara com a cratera Batagaika, a maior do gênero. Surgida por volta dos anos 1960, a "porta do inferno" mede 1 km de extensão e 100 m de profundidade. Os cientistas alertam que o solo no local continua descongelando rapidamente, o que pode causar deslizamentos de terra em comunidades próximas, colocando a população em risco.

Cratera Batagaika (Imagem: Alexander Gabyshev Instituto de Pesquisa em Ecologia Aplicada do Norte/Reprodução)

 
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