Foto: Divulgação No dia 4 de agosto, o governo federal anunciou a “Semana Brasil”: um período especial de vendas que ocorrerá entre 3 e 13 de setembro, aos moldes da Black Friday.
A proposta é uma tentativa de aquecer o comércio no país, seriamente afetado pela pandemia que permanece em expansão. A “Semana Brasil” é coordenada pelo Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV) e tem apoio do governo federal.
A ideia copia a famosa Black Friday, que geralmente ocorre nos Estados Unidos e em outros países na última sexta-feira de novembro, que neste ano cairá no dia 27, sendo, com frequência, uma potencial alavanca para a economia, já que motiva o consumidor a
buscar por promoções e comprar itens desejados há tempos, com destaque para o varejo.
Atividade econômica
A proposta busca retomar a economia do país a partir da colaboração e da adoção de protocolos de segurança no comércio. Além disso, nesse ano, as compras virtuais se farão mais essenciais do que nos anos anteriores, a fim de evitar a aglomeração física de pessoas nos estabelecimentos comerciais.
A Secretaria de Comunicação (Secom) do governo federal divulgou que as vendas on-line durante a Semana Brasil cresceram 41% em 2019, em comparação com 2018. De acordo com dados da Cielo, as vendas no varejo apresentaram um crescimento nominal de 11,3% no mesmo período.
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Em 2019, mais de 14 mil empresas participaram da “Semana Brasil”. Em 2020, a ela contará com empresas de todos os setores. O varejo uniu-se por meio de suas entidades para amplificar o alcance do evento, oferecendo condições para que pequenos e médios estabelecimentos também participem.
A ideia de marcar a data em setembro se dá porque, além do impacto da pandemia sobre o comércio e a economia nacional como um todo, esse é um mês sem datas comemorativas comerciais — diferentemente do que ocorre em maio, agosto e dezembro, quando ocorrem o Dia das Mães, dos Pais e o Natal, respectivamente.
Protocolos de segurança
Nos Estados Unidos, anualmente, a Black Friday produz filas gigantescas na porta de grandes lojas, especialmente as de produtos eletroeletrônicos. É possível ver clientes correndo para pegar os itens e até tentando tirar unidades das mãos de outros consumidores.
Em nota oficial pela Secom, o governo federal diz que a ideia é buscar a retomada da economia com segurança. Contudo, até agora, foi definido se haverá novidade nos protocolos de segurança a serem seguidos pelos estabelecimentos para evitar a disseminação da pandemia, já que é grande a quantidade de gente nas lojas nessa semana.
Busca por alternativas
Lojas do setor de roupas começaram a desenvolver alternativas para atrair clientes e oferecer-lhes segurança. Uma delas é a máquina de compra instantânea de camisetas, denominada
vending machine, em inglês. Esse equipamento já é conhecido do público em estações de metrô, por exemplo, mas costumava ter alimentos, bebidas e alguns objetos em seu interior, como livros e guarda-chuva.
Entre as vantagens da
vending machine, está o seu funcionamento automático e autônomo — o cliente pode manuseá-la individualmente, sem precisar ser acompanhado por um vendedor. Assim, o fluxo da receita é imediato e o funcionamento é contínuo.
Em lojas de roupas, a máquina evita o contato físico dos clientes e dos produtos, visando a segurança deles e dos funcionários da loja contra o vírus. Essa iniciativa começou em julho, na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, chegou em São Paulo no mês seguinte e promete espalhar-se para outras áreas do país.