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06/08/2020 às 10h58min - Atualizada em 06/08/2020 às 10h58min

Bill Gates alerta: 'Mudanças climáticas podem ser piores que pandemia'

Dono da Microsoft

Tecmundo
Bill Gates, que já destinou 250 milhões de dólares ao combate ao novo coronavírus, publicou uma carta em seu blog alertando sobre a necessidade da preparação mundial para futuras emergências. De acordo com o bilionário, "por mais terrível que seja a pandemia, mudanças climáticas podem ser ainda piores". E complementa: "Caso queira entender os danos dessa ameaça, observe os impactos da covid-19 e os estenda por um período muito maior".

Dedicado a discussões sobre temas que envolvem o futuro da humanidade, Gates participou de um TED Talks em 2015, no qual falou sobre um número potencialmente impressionante de mortes que uma doença altamente infecciosa poderia criar. Desta vez, afirma: "Nos próximos 40 anos, o aumento da temperatura global tende a elevar taxas de mortalidade para 14 a cada 100 mil habitantes — a mesma enfrentada por nós neste momento". Segundo ele, se ações de contenção não forem executadas, as coisas podem ficar bem mais complicadas.

"Se, até o fim do século, as emissões [de carbono] continuarem altas, espera-se que sejam responsáveis por 73 mortes a cada 100 mil pessoas. Em um cenário de emissões mais baixas, a taxa cai para 10", explica.

Bill Gates é enfático quanto à necessidade de mudanças.
Novos desafios para a humanidade
Independentemente do cenário, Bill Gates mantém a posição de que a mortalidade com as mudanças climáticas será igual ou maior que a da pandemia atual. "Em 2060, será tão terrível quanto com a covid-19 e, até 2100, cinco vezes mais". Não deixando de lado o aspecto econômico, ele complementa que gastos para lidar com os efeitos negativos das altas temperaturas serão igualmente brutais, com a diferença de que mais frequentes: a cada 10 anos.

"Até o fim do século, será muito pior se o mundo permanecer em seu atual caminho. A perda de vidas e a miséria econômica causadas por essa pandemia estão a par do que acontecerá regularmente se não eliminarmos as emissões globais de carbono", finaliza.
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