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14/07/2020 às 12h01min - Atualizada em 14/07/2020 às 12h01min

Hospital da UFBA padroniza uso de saliva como teste para detectar novo coronavírus

Procedimento apresenta menos desconforto para o paciente e menor risco de contaminação para funcionários

Governo do Brasil
Amostra pode ser coletada pelo próprio paciente. - Foto: Banco de imagens
O Laboratório de Pesquisa em Infectologia (Lapi) do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos, vinculado à Universidade Federal da Bahia (Hupes-UFBA)e à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), conseguiu padronizar o uso de saliva como teste para detecção do novo coronavírus. O anúncio foi feito na segunda-feira (13) e trata-se de uma ação inédita no Brasil, que está em estudo e aplicação há cerca de dois meses.

A metodologia tem sido aplicada em pacientes e colaboradores do Hupes que apresentem sintomas compatíveis com a Covid-19.

O procedimento por meio da coleta da saliva se caracteriza por não ser invasivo – o que traz menos desconforto para o paciente – e por apresentar menor risco de contaminação para funcionários, pois é autocoletado pelo próprio paciente. Também possui menor custo, uma vez que não envolve meio de transporte e tubos, apenas um coletor estéril. Também não há necessidade de uso de equipamentos de proteção individual (EPI), que é necessário, por exemplo, quando se coleta por nasofaringe.

“A utilização deste procedimento pode ampliar significativamente o número de testes realizados, pois é mais simples, mais rápida e de menor custo, além de não oferecer riscos de contaminação durante a coleta. Com o teste por nasofaringe ocorre irritação de vias aéreas, com desconforto para o paciente, além de risco de espirros, tosse, e até vômitos durante o procedimento, aumentando a chance de contaminação do ambiente e do responsável pela coleta”, afirma o coordenador do Laboratório de Pesquisa em Infectologia do Hupes, Carlos Brites.

Outro benefício da detecção por saliva é a possibilidade da realização de vários testes ao mesmo tempo chamado de “esquema pool”.

“Coletamos amostras de cinco pacientes e juntamos em um único recipiente, homogeneizamos e testamos como se fosse amostra única. Se o resultado for negativo, não precisa fazer mais nada. Caso seja positivo, testamos as amostras 2 a 2, para identificar qual foi positiva. Como pelo menos metade dos testes realizados na rotina são negativos, isso economizará recursos, pois menos testes serão necessários ao final”, esclarece Brites.
 

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