As autoridades de saúde do estado da Flórida, nos EUA, confirmaram um caso raro de infecção por uma espécie de ameba comumente chamada de
“comedora de cérebro”. A microscópica ameba Naegleria fowleri, geralmente encontrada em água morna, foi contraída por um cidadão do condado de Hillsborough.
Ameba “se alimenta” do cérebro do hospedeiro A Naegleria fowleri é um protozoário que vive em ambientes úmidos, como solos mais encharcados e fontes de água fresca, doce e morna — como rios e lagoas. Em menor incidência, ela pode ser encontrada em piscinas com tratamento de cloro inadequado ou na água de torneiras aquecidas.
Uma vez que o microrganismo esteja na água, ele pode penetrar no corpo humano por meio do nariz. A partir daí, ele chega até a cabeça do hospedeiro e ataca o tecido cerebral. Na natureza, a Naegleria fowleri se alimenta de bactérias encontradas nos sedimentos de regiões alagadas.
Conte: Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA/Reprodução
Letalidade pode chegar a 97% Embora o Departamento de Saúde da Flórida não tenha informado o estado de saúde da pessoa recentemente contaminada, esse tipo de infecção (meningoencefalite amebiana primária) causa sintomas como febre, náusea, vômito, rigidez na nuca e dores de cabeça.
Contando com este último, até agora foram registrados 37 casos na Flórida, desde 1962. Parece pouco, mas o órgão de saúde do estado resolveu emitir um alerta no dia 3 de julho, pois estima-se que 97% dos infectados vêm a óbito. Essas infecções são mais comuns nos estados do sul dos EUA, sendo que, em todo o país, foram registrados 34 casos entre 2008 e 2017.
Verão preocupa autoridades de saúde Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a presença dessa ameba em ambientes aquáticos doces é comum, mas as infecções são raras. De toda forma, uma maior concentração de águas mornas, já que o hemisfério norte está passando pelo verão, poderia aumentar a incidência do microrganismo, aumentando também a possibilidade de novas infecções.