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04/06/2020 às 11h34min - Atualizada em 04/06/2020 às 11h34min

Indústria eletrônica brasileira prevê queda de 15% na produção em 2020

Crise causada pela Covid-19 mudou a demanda do consumidor e afeta as linhas de produção

Olhar Digital
A indústria eletroeletrônica brasileira segue sentindo impactos da crise causada pelo coronavírus. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a maioria das companhias do setor preveem uma queda significativa na produção.

Em um levantamento feito com as empresas associadas entre 26 e 29 de maio, 68% das companhias do setor projetam uma redução na produção total de 2020 na comparação com o que foi observado em 2019. Apenas 7% acreditam que aumentarão sua produção e os 25% restantes preveem estabilidade.

De acordo com as estimativas obtidas pela Abinee, prevê-se uma queda de 15% na produção em comparação com 2019.

O fato não chega a ser surpreendente quando se observa a situação da indústria eletrônica ao longo do ano. Antes de o vírus chegar ao Brasil, já havia linhas de montagem paradas pela dificuldade em obter peças da China. Com o tempo, os desafios mudaram: com a chegada da Covid-19 ao país, a demanda pelos produtos do setor também diminuiu.

“O consumidor sem segurança não vai trocar seu celular sem saber se seu emprego será mantido”, explica Humberto Barbato, presidente da Abinee. Uma das soluções observadas nos últimos meses tem sido realinhar as linhas de produção para apoiar o combate à Covid-19 em vez de mirar o consumidor final.

Para 41% das empresas, a produção entre abril e maio foi estável, no entanto, mas isso não é um ponto positivo. Significa que o patamar baixo visto na comparação entre março (quando o vírus efetivamente passou a agir e ser temido) e abril, quando 62% das companhias viram queda. Outros 38% das empresas do setor viram nova queda no período mais recente.

A Abinee também aponta que a maioria das empresas da área, mesmo com a crise, não está demitindo seus funcionários. O estudo aponta que 70% das companhias mantiveram seu quadro de empregados entre abril e maio, sendo que 95% das companhias adotaram medidas para evitar a redução da força de trabalho, incluindo home office, férias antecipadas e redução de jornada.
 

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