A pandemia do novo coronavírus vem saturando hospitais em todo o mundo, causando o colapso dos sistemas de saúde pública e privada até dos países mais desenvolvidos do globo.
Os casos mais graves de COVID-19 exigem cuidados intensivos nas UTIs por até duas semanas, ocupando leitos antes destinados a outras doenças para vítimas de acidentes graves. O momento é delicado e exige esforços para a preservação da saúde.
É importante ressaltar que o Brasil também enfrenta, junto a tragédia humana do coronavírus, doenças sazonais e endêmicas como, por exemplo, gripes, malária, dengue, Zica e febre Chicungunya.
E uma das formas mais efetivas para evitar a proliferação de doenças é o descarte adequado de lixo doméstico e industrial. Muitos vetores dessas enfermidades se desenvolvem a partir do lixo e entulho descartado indevidamente no ambiente. Veja como transformar essa realidade para melhor.
Descarte industrial
As empresas já estão familiarizadas às normas e leis ambientais para descarte de resíduos em suas atividades. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12,305/2010) já dispõe das exigências e diretrizes para o gerenciamento, manejo e descarte adequado dos resíduos industriais de acordo com sua atividade produtiva e grau de periculosidade dos resíduos gerados nela.
É importante ressaltar que após os protocolos internos de manejo dos resíduos, a carga deve obedecer ao MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos). Este formulário, que deve ser expedido em 4 vias deve acompanhar a carga de material descartados conter informações sobre a empresa geradora, natureza e quantidade desses resíduos, dados sobre a transportadora e também sobre sua destinação final que deve ser feita junto à tratadores homologados para tratar esse material de forma adequada.
O MTR, que pode ser emitido online, é um documento completo para prestação de contas aos órgãos ambientais e fiscalização de transporte dos resíduos. Ele faz parte de uma das etapas do gerenciamento de resíduos sólidos, que também pode ser conduzido com a ajuda de ferramentas de gestão como o software desenvolvido pela VG Resíduos, a startup brasileira que é uma das poucas a conquistar a Certificação B de Avaliação de Impacto.
Descarte doméstico
É importante ressaltar que se há alguém no domicílio com confirmação da COVID-19, esta pessoa não deve separar o lixo reciclável para não haver risco de contaminação dos trabalhadores que manejam este tipo de material. Todo os resíduos gerados pelo paciente, incluindo máscaras e luvas descartáveis, assim como todo o lixo gerado pelo restante da família devem ser colocados para descarte no lixo comum, em sacos reforçados e bem fechados.
Se não há confirmação ou suspeita de contaminação pelo novo coronavírus, continue separando os materiais recicláveis e descartando o lixo doméstico comum através da coleta seletiva. Mantenha as lixeiras sempre tampadas até o dia da coleta.
Os sacos com lixo orgânico e comum devem ser bem fechados e colocados para coleta próximos aos horários da passagem dos coletores, evitando que os resíduos fiquem expostos por muito tempo atraiam insetos, pragas e animais que podem rasgar os sacos.
Nunca despeje entulhos em via pública. Eles se tornam o foco de doenças, já que podem se tornar um ponto de acúmulo de lixo e água parada, ambiente propício para a proliferação de insetos transmissores de doenças virais.
Faça uma varredura nas áreas externas da casa e verifique se não há água empoçada em garrafas, calhas ou pratos de plantas (que devem ser preenchidos com areia).
Se todos colaborarem com a limpeza urbana, menos doenças fatais se espalharão pela comunidade. Faça sua parte.