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06/05/2020 às 09h50min - Atualizada em 06/05/2020 às 09h50min

Vergonha: Câmara derruba congelamento de salários com apoio do Governo

Contrapartida exigida por Guedes foi ignorada por líder do Governo, mantendo privilégios do funcionalismo

MBL NEWS
No final da noite desta terça-feira (05), a Câmara dos Deputados aprovou modificações ao texto da chamada PEC do Orçamento de Guerra, ampliando absurdamente o rol de categorias profissionais que terão direito a reajuste mesmo durante a pandemia de COVID-19. Com apoio do próprio Governo, os parlamentares ignoraram a única contrapartida exigida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, qual seja o congelamento de salários.

Após acordo com a equipe econômica, o texto aprovado pelo Senado Federal – e desvirtuado pelos deputados – incluiu contrapartidas para o socorro financeiro Estados e Municípios, dentre elas a proibição da concessão de qualquer tipo de reajuste ou aumento de salários ao funcionalismo até 2021. As únicas categorias excluídas dessa restrição seriam os servidores civis e militares da área da saúde e segurança pública.

Embora o relator do PLP nº 39/20, deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenham defendido a aprovação integral do texto que veio do Senado, os novos amigos de Jair Bolsonaro, e o seu próprio líder de Governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO), ampliaram o rol que permite reajustes em plena crise de saúde e financeira. Além do mais, emenda do representante do Governo Bolsonaro na Casa suprimiu a expressão que liberava reajustes apenas a profissionais “diretamente envolvidos” no combate à pandemia.

De acordo com as alterações aprovadas pelos deputados, além das categorias diretamente envolvidas – profissionais da saúde e segurança pública -, conservam o direito ao reajuste trabalhadores da educação, da assistência social e na limpeza pública; policiais legislativos; técnicos e peritos criminais; agentes socioeducativos; e fiscais agropecuários. Ou seja, cerca de 80% do funcionalismo manterá seus privilégios enquanto os profissionais da iniciativa privada sequer sabem se terão o que comer.
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