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20/04/2020 às 10h30min - Atualizada em 20/04/2020 às 10h30min

Economia apresenta balanço de medidas de combate ao novo coronavírus

Um mês após criação do grupo de crise, Ministério estima gastos de mais de R$ 1 trilhão para minimizar os impactos da pandemia do novo coronavírus

Governo do Brasil
Coletiva de imprensa com a equipe técnica do Ministério da Economia - Foto: Foto: José Dias/PR
Na sexta-feira (17), a equipe técnica do Ministério da Economia apresentou um balanço das ações do Governo Federal destinadas a minimizar os impactos da pandemia do novo coronavírus. As medidas tomadas foram divididas em três categorias: amparo à população mais vulnerável, combate à pandemia e apoio a estados e municípios. 

De acordo com o secretário-executivo do Ministério, Marcelo Guaranys, as medidas emergenciais implementadas pelo grupo de crise - criado há um mês pela pasta - estão sendo monitoradas e avaliadas a fim de se verificar se as ações adotas estão efetivamente chegando a cada público que precisa dos recursos. O valor total do Plano de saúde Econômica para fazer frente à pandemia está estimado até agora em R$ 1,169 trilhão,  separado em impacto fiscal de R$ 307,9 bilhões e impacto primário, em 2020, de R$ 285,4 bilhões.

"O trabalho aqui é minimizar o impacto da crise na vida das pessoas. Sabemos que a crise vai ser difícil, mas temos que trabalhar para minimizar isso. Essas ações incluem apoio ao cidadão, às empresas, a estados e municípios e, como a gente mostrou, já passa do impacto de R$ 1 trilhão de reais. É algo muito grande pra gente fazer frente a um desafio muito grande."

Total destinado ao amparo a vulneráveis e trabalhadores:  até R$ 212,4 bilhões

Total destinado para auxílio a estados e municípios: até R$ 133,4 bilhões 

Total destinado ao combate à pandemia: R$ 24,3 bilhões

Total destinado a medidas de fluxo de caixa e programa para emprego nas empresas: até R$ 524,4 bilhões

Total em medidas de crédito: R$ 274,1 bilhões do Ministério da Economia e, do Banco Central, R$ 1,2 trilhão para liberação de liquidez e R$ 3,2 trilhões para liberação de capital 

O primeiro grupo de medidas a ser trabalhado e o que tem mais impacto, segundo Guaranys, foi aquele destinado à população mais vulnerável e trabalhadores, com destaque para o Auxílio Emergencial, que deve atender cerca de um terço da população brasileira. Outras medidas citadas com essa finalidade foram: a inclusão de 1,2 milhão de famílias no Bolsa Família; isenção do pagamento da conta de luz pela população de baixa renda; e antecipação do abono salarial e o saque do FGTS com saldo do Pis/Pasep, previsto para começar em junho.

"É um programa social gigantesco, é algo que não tem precedente na nossa história, não tem precedente internacional. É um programa grande, com muitos recursos chegando na ponta de uma maneira muito rápida", destacou.

Outras medidas de apoio aos mais vulneráveis:

- antecipação de 13º beneficiários INSS;

- pausa no reajuste do preço de remédios;

- antecipação de um salário mínimo para auxílio-doença;

- adiamento da entrega da Declaração de IR da Pessoa Física;

- Auxílio Emergencial Pecuniário aos Idosos do Bolsa Família; e

- desoneração temporária de Pis/Cofins para medicamentos específicos. 


Combate à pandemia
Nessa categoria, estão as medidas com a finalidade de destinar recursos aos que precisam de suprimentos -  testes, respiradores e outros bens da indústria de saúde. Aqui estão incluídos créditos para os órgãos públicos atuarem diretamente no combate à Covid-19, recursos para vacinas, ajuda para trazer brasileiros do exterior, decretação de calamidade pública, que permitiu a flexibilização das regras fiscais, entre outras.

"O ministério se preocupa com a saúde fiscal do Brasil, mas precisamos nesse momento de fato flexibilizar as regras para poder fazer com que o dinheiro chegue naqueles que mais precisam da melhor maneira possível e da maneira mais rápida.", declarou Guaranys.

Conheça as outras medidas de combate à pandemia: 

- destinação do DPVAT para o SUS;

- adiamento do Censo;

- crédito para Fundação Oswaldo Cruz; para a Saúde, Educação, Cidadania, Justiça, Mulher e Presidência da República;

- suspensão de direitos antidumping de produtos médico-hospitalar;

- redução a zero das alíquotas de importação para produtos de uso médico-hospitalar;

- licença não automática para exportação de produtos médicos; desoneração temporária de IPI para bens de combate à Covid-19; 

- priorizar desembaraço aduaneiro de produtos de uso médico-hospitalar;

- doações Plataforma Todos por Todos;


- articulação com indústria nacional para fabricação de respiradores e outros equipamentos médicos ; e

- aceleração de start-ups relacionadas a inovações médicas para combate ao Covid-19.


Segundo o secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura, Diogo Mac Core, a atuação do governo tem conseguido aumentar consideravelmente a capacidade produtiva de ventiladores pulmonares, de mil para 4,8 mil por mês, e de equipamentos de proteção individual. 

As plataformas Todos por Todos e Vamos Vencer foram criadas para entregar à população informações sobre seus direitos e sobre as medidas de combate ao coronavírus.

Estados e municípios
O Governo Federal estima destinar até R$ 133,4 bilhões a estados e municípios, por meio de repasses do Fundo Nacional de Saúde e aos fundos de participação dos estados e municípios, suplementação do Sistema Único de Assistência Social, securitização de dívida dos estados, além da suspensão de dívidas com a União e os bancos federais.

Empregos e empresas
As medidas voltadas à preservação do emprego e do fluxo de caixa das empresas foram efetivadas por meio de medidas provisórias que permitiram a flexibilização das relações  de emprego a complementação salarial. "O que a empresa negociar com o empregado que vai reduzir o salário, a gente vai lá e complementa uma parte", explicou. 

O secretário Guaranys destacou ainda medidas que permitem diferimento do prazo de pagamento de algumas obrigações para aliviar o caixa das empresas. Além disso, foram estabelecidos canais diretos de diálogo entre governo e setor produtivo.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou mais de dois milhões de contratos já foram feitos entre empregados e empregadores, e esse número cresce todas as horas. "Todos entenderam que, de mãos dadas entre o governo, os empresários e os empregados, nós poderemos preservar empregos e ao preservar empregos, preservamos também a retomada do pós crise, preservamos as empresas, preservamos a arrecadação de impostos portanto um ciclo virtuoso em  que nós estamos conseguindo fazer, isso é inédito em todos os países que estão sofrendo também a pandemia."

 

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