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26/03/2020 às 10h11min - Atualizada em 26/03/2020 às 10h11min

ALÉM DO JUDÔ – Judoca e enfermeira

Na segunda entrevista da série, a ligeiro Gabriela Chibana fala sobre sua segunda paixão fora dos tatames, a enfermagem

CBJ
A disciplina e o autocontrole aprendidos por meio do Judô foram essenciais no caminho de Chibana na Enfermagem. Foto: Arquivo Pessoal
O Judô é um esporte individual, mas que depende de um conjunto de profissionais para que os atletas possam aprender e evoluir. E foi seguindo os princípios do Jita Kyoei (princípio da prosperidade e benefício mútuo) que a judoca da Seleção Brasileira e do Esporte Clube Pinheiros, Gabriela Chibana, completou sua formação acadêmica e escolheu sua profissão fora dos tatames.

A correria dos estágios médicos e dos estudos da peso ligeiro, durante o curso de Enfermagem, no Centro Universitário São Camilo, só pôde ser superada graças a coragem, calma e disciplina adquiridos no dojô.

Na segunda entrevista da nossa série especial, Gabi Chibana compartilha um pouco da sua história "Além do Judô". 

Como “descobriu” a Enfermagem? Qual foi sua maior motivação?

Gabriela Chibana
: Eu não sabia que curso exercer e minha mãe sugeriu várias profissões. Prestei enfermagem na Santa Casa, e passei, comecei o curso como algo novo. E comecei a gostar e me interessar cada vez mais na área. Por conta das viagens e competições do Judô tive que trancar a Santa Casa e iniciei na São Camilo, que tinha mais flexibilidade por conta da minha rotina esportiva.

Pretende se especializar em alguma área da sua formação? Qual?

GB:
Sim, gosto muito da área de Urgência e Emergência

Quais aprendizados do Judô te ajudaram na universidade?

GB
: O judô tem muitos valores e um deles é o Jita Kyoei, benefício mútuo. Ele me ensinou que, mesmo sendo um esporte individual, a gente precisa do outro para aprender e desenvolver. E na enfermagem não é diferente. É uma profissão formada por uma equipe que precisa agir em conjunto em prol do paciente.

O judô me ensinou ainda a ter coragem de enfrentar desafios e durante a faculdade pude passar por diferentes áreas como, por exemplo, a UTI e obstetrícia, e diferentes procedimentos de enfermagem. Tive receios e anseios, como tudo que é novo. Mas, o judô me proporcionou coragem e calma para enfrentar todos eles.

Qual foi o tema do seu TCC?

GB:
A reemergência de doenças ocasionadas pela hesitação vacinal. Eu pesquisei algo atual e vi que muitas pessoas estavam deixando de se vacinar por muitos fatores, e doenças que já estavam erradicadas estavam voltando, como o sarampo. E citei as diversas causas da hesitação vacinal.

Quais dicas você daria para quem quer conciliar faculdade e treinamento de alto rendimento?

GB:
Como sabemos, a carreira de atleta é temporária e precisamos sempre pensar no futuro. Esses foram os ensinamentos dos meus pais: sempre continuar estudando. Uma dica: se isso é seu objetivo, mantenha-se focada. Vai ser difícil voltar dos treinos e ter que estudar um pouquinho entre um treino e outro, ou acordar de manhã para ir ao estágio antes dos treinos. Mas, lembra que você não precisa estar 100% motivado todos os dias, mas, sim, sempre 100% disciplinado com objetivo claro .

Uma outra dica: eu via na faculdade uma oportunidade de convivência com outras pessoas, fora do ambiente de esporte, e uma realidade nova que me acrescentava com outras informações todos os dias.

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