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12/03/2020 às 11h27min - Atualizada em 12/03/2020 às 11h27min

Produção industrial brasileira cresce 0,9% em janeiro

Influências positivas mais importantes foram de máquinas e equipamentos (11,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,0%) e metalurgia (6,1%)

Agência Brasil
No acumulado em 12 meses, a atividade industrial recuou 1,0%. A publicação completa da Pesquisa Industrial Mensal (PIM). - Foto: Divulgação/Portal Brasil
A produção industrial brasileira cresceu 0,9% em janeiro, frente a dezembro de 2019 (série com ajuste sazonal), interrompendo dois meses de taxas negativas consecutivas, que acumularam recuo de 2,4%. Em relação a janeiro de 2019 (série sem ajuste sazonal), a indústria caiu 0,9%, após também assinalar perdas em novembro (-1,7%) e dezembro (-1,2%) de 2018. No acumulado em 12 meses, a atividade industrial recuou 1,0%. A publicação completa está na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE.

O setor industrial, em janeiro de 2020, voltou a mostrar um quadro de maior ritmo produtivo, expresso não só na expansão de 0,9% na comparação com o mês anterior, avanço mais intenso desde agosto de 2019 (1,0%), mas também no perfil disseminado de taxas positivas, já que três das quatro grandes categorias econômicas e 17 das 26 atividades apontaram crescimento na produção.

O avanço nesse mês eliminou parte da redução de 2,4% assinalada nos dois últimos meses de 2019. Com esses resultados, o setor industrial ainda se encontra 17,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Ainda na série com ajuste sazonal, mesmo com o ganho de ritmo da atividade industrial nesse mês, o índice de média móvel trimestral permanece com a trajetória descendente iniciada em outubro de 2019.

Na expansão de 0,9% da atividade industrial na passagem de dezembro de 2019 para janeiro de 2020, houve altas em três das quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram de máquinas e equipamentos (11,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,0%), metalurgia (6,1%), produtos alimentícios (1,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,3%).

Com exceção da última atividade, que teve seu terceiro resultado positivo consecutivo e acumulou alta de 8,8% nesse período, as demais haviam recuado no mês anterior: -9,1%, -5,0%, -2,1% e -0,5%, respectivamente.

Outros produtos

Outras contribuições positivas relevantes vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,2%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (6,5%), de outros produtos químicos (1,7%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,0%), de celulose, papel e produtos de papel (1,6%) e de produtos de minerais não-metálicos (1,8%).

Por outro lado, entre os oito ramos que reduziram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por impressão e reprodução de gravações (-54,7%) e indústrias extrativas (-3,1%), com o primeiro eliminando o crescimento de 92,2% assinalado nos três últimos meses de 2019; e o último completando o quinto mês consecutivo de queda na produção e acumulando perda de 8,9% nesse período.

Grandes categorias

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a dezembro de 2019, bens de capital, ao crescer 12,6%, mostrou a expansão mais acentuada em janeiro de 2020 e interrompeu o comportamento predominantemente negativo presente desde maio de 2019, período em que acumulou redução de 14,8%. O resultado de janeiro foi o avanço mais intenso desde junho de 2018 (23,0%).

Os segmentos de bens de consumo duráveis (3,7%) e de bens intermediários (0,8%) também assinalaram taxas positivas em janeiro, com o primeiro devolvendo parte da perda de 6,8% acumulada nos dois últimos meses de 2019; e o segundo intensificando a taxa positiva verificada em dezembro de 2019 (0,1%).

Apenas o setor de bens de consumo semi e não-duráveis apontou recuo (-0,1%) em janeiro de 2020 e marcou o terceiro mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período redução de 2,2%.

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