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06/03/2020 às 16h55min - Atualizada em 06/03/2020 às 16h55min

Pela primeira vez, médicos relatam caso de mulher que urina álcool

DOENÇAS

HISTORY
Pela primeira vez, médicos observaram o caso de uma pessoa que urina álcool. O problema foi diagnosticado em uma mulher de 61 anos por médicos do Hospital Presbiteriano da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. De acordo com os especialistas, a bexiga da paciente funcionava como uma "microcervejaria".

Os médicos observaram o estranho fenômeno quando examinavam a mulher, que estava na fila de espera por um transplante de fígado. A paciente apresentava diabetes e cirrose hepática, doença geralmente associada ao consumo excessivo de álcool. Apesar disso, ela jurava que bebia raramente.

Inicialmente, os médicos suspeitavam que a paciente estivesse mentindo. Os teste de urina dela repetidamente indicavam positivo para a presença de álcool. Especialistas chegaram a sugerir que a mulher fizesse um tratamento para lidar com o vício na substância, apesar de ela insistir que não bebia.

Depois de um tempo, alguns médicos notaram que os resultados dos testes de urina da paciente apresentavam resultado negativo para a presença de etila e sulfato de etila, substâncias produzidas pela quebra do etanol (álcool). Além disso, seus exames de sangue também apresentavam resultado negativo para o etanol. Isso significa que o álcool não estava presente na corrente sanguínea dela.

Ao examinar novamente a paciente, os médicos descobriram que que em sua bexiga  havia uma colônia da cepa de uma levedura chamada Candida glabrata. Esse fungo  tem parentesco próximo com a levedura de cerveja (Saccharomyces cerevisiae). Ao coletar amostras do fungo, os especialistas observaram que ele fermentava, produzindo álcool.

Para produzir álcool, é necessário que água e açúcar sejam combinados com fermento. O açúcar em sua urina, devido ao diabetes, junto com a levedura na bexiga, ofereciam as condições ideais para a fermentação e a produção de álcool. O efeito de "autocervejaria" já havia sido documentado anteriormente no sistema digestivo, mas foi a primeira vez que a condição foi observada em uma bexiga.

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