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24/02/2020 às 10h30min - Atualizada em 24/02/2020 às 10h30min

Desafio da rasteira: o que é e porque precisamos evitá-lo

YahNotícias
Foto: Divulgação
Se você checou as redes sociais nos últimos dias, deve ter visto por aí alguns vídeos falando sobre um tal de "desafio da rasteira". Chamado de "quebra crânio" pela comunidade médica, a "brincadeira" viralizou entre os adolescentes e tem tido consequências gravíssimas para a sua saúde, gerando, inclusive, a necessidade de conscientização urgente sobre os seus efeitos.

Tudo começou com um vídeo do youtuber Robson Calabianqui, que fez o tal desafio com a própria mãe. A ideia é exatamente como diz o nome. Duas pessoas chamam uma terceira, dão instruções para que ela salte e, quando isso acontecem, passam-lhe uma rasteira, de forma que a pessoa cai de costas no chão. 

Com mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais, o influenciador, também conhecido como Fuinha, tirou o vídeo do ar e fez um pedido formal de desculpas para a comunidade. Isso tem motivo, as consequências de uma brincadeira dessas são tão sérias que podem levar à morte. 

"O vídeo, até certo ponto, parece engraçado, mas vocês sabiam que eu poderia ter perdido a minha mãe por causa desta brincadeira? Ela poderia ter batido a cabeça e sofrido um traumatismo craniano ou qualquer uma outra lesão irreversível para a vida dela. Por conta disso, estou muito arrependido por ter postado esse vídeo. Em nenhum momento eu pensei que ele seria um viral dessa proporção", diz o youtuber na retratação. 

Aliás, o vídeo ficou tão grande que alunos de muitas escolas decidiram fazer uma nova versão dele, explicando porque não compactuar com o desafio. 

Segundo a Dra. Thaís Bustamante, pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria, a brincadeira pode ser comparada à prática do bullying. " Os adolescentes passam por um período de intensa transformação psíquica, emocional... assim como praticar bullying , a brincadeira da rasteira é inconsequente", diz.  

Desafio da rasteira: o que fazer em caso de ferimento? 

Tanto o Dr. Fernando quanto a Dra Thaís, alertam que é essencial prestar os socorros o mais rápido possível em caso de ferimento causando por esse desafio. 

Caso a pessoa fique desacordada, o ideal é não tentar levantá-la ou movê-la, e chamar imediatamente o serviço de emergência (SAMU, disque 192). Se a vítima estiver consciente, mas não conseguir movimentar os membros (como braços e pernas) é de extrema importância que ela não seja movida ou manipulada de qualquer maneira - por risco de lesão na coluna vertebral. Dessa forma, esperar o socorro é o melhor curso de ação. 

Caso a pessoa esteja consciente e consiga se movimentar, mas haja risco de fraturas nos membros, o ideal é levá-la o mais rápido possível ao pronto socorro. 

Conscientização e conversa

Antes que a situação chegue em um ponto extremo, com a necessidade de socorro, é importantíssimo a conscientização dos jovens em relação às consequências dessa "brincadeira". 

"Pais e mestres devem conversar abertamente sobre o assunto", explica Fernando. "O jovem do meio, além de ser ridicularizado pela turma, pode morrer, e os demais envolvidos vão carregar para sempre a sensação de culpa e as consequências legais da lesão corporal provocada."

Ou seja, ter um diálogo aberto e franco sobre as consequências de desafios como esse é essencial para tirar o filtro de que essa "não passa de uma brincadeira" e que, como tal, não tem consequências sérias.  
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