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17/02/2020 às 15h50min - Atualizada em 17/02/2020 às 15h50min

Cientistas querem aproveitar potencial de fungos de Chernobyl que devoram radiação

USINA NUCLEAR

HISTORY
No início dos anos 90, um um tipo de fungo deixou um grupo de cientistas impressionado. Esses organismos cresciam sobre as paredes do reator abandonado de Chernobyl, palco do pior acidente nuclear da história, mas a radiação não parecia afetá-los. Agora, trinta anos depois, após estudar e documentar cerca de 200 espécies desses organismos, os pesquisadores estão prestes a publicar um novo artigo sobre como esses fungos se fortalecem e são capazes de suportar os altos níveis de radiação presentes na antiga central nuclear russa.

Denominados “fungos negros” ou radiotróficos, esses organismos “indestrutíveis” contam com um pigmento que também está presente na pele dos seres humanos: a melanina. Graças a ela, os fungos podem transformar a radiação gama em energia química, que os permite crescer e, por sua vez, os protege da radiação.

Os cientistas esperam que as propriedades extraordinárias dos fungos de Chernobyl possam ser aplicadas para ajudar pessoas expostas à radiação, como pacientes de radioterapia e engenheiros de usinas nucleares. Os pesquisadores também esperam que esses organismos possam ser utilizados para desenvolver uma fonte biológica de energia por meio da conversão de radiação.

Essa descoberta faz que os cientistas acreditem que em outras partes do universo podem existir formas de vida capazes de florescer em ambientes cheios de radiação. Inclusive, apontam que em nosso planeta foram encontrados esporos de fungos com altas quantidades de melanina em depósitos do período Cretáceo, uma era na qual a Terra perdeu sua proteção contra a radiação cósmica e durante a qual muitas espécies animais e vegetais foram extintas.
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