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21/01/2020 às 10h42min - Atualizada em 21/01/2020 às 10h42min

Os 7 tratamentos médicos mais bizarros da história

DOENÇAS

HISTORY
A medicina demorou milênios para se desenvolver. Atualmente contamos com tratamentos modernos para todo tipo de doença, mas nem sempre foi assim. Civilizações antigas usaram todo o tipo de medicamento bizarro durante séculos. Confira abaixo as sete terapias mais inusitadas da história:

1 - Sangria


Por milhares de anos, os médicos acreditavam que as doenças eram apenas o resultado de "sangue ruim". A sangria provavelmente começou com os antigos sumérios e egípcios, mas só se tornou uma prática comum na Grécia Clássica e Roma Antiga. Médicos influentes como Hipócrates e Galeno defendiam que o corpo humano era formado por quatro substâncias básicas, ou "humores" - bílis amarela, bílis negra, catarro e sangue. Acreditava-se que esses elementos precisavam ser mantidos em equilíbrio para manter uma boa saúde. 

Assim, os pacientes com febre ou outras doenças eram frequentemente diagnosticados com excesso de sangue. Para restaurar a harmonia corporal, o médico simplesmente abria uma veia e drenava seus fluidos vitais. Em alguns casos, sanguessugas eram usadas para ajudar no serviço. 

Embora possa facilmente resultar em morte acidental por perda de sangue, a flebotomia permaneceu como uma prática médica comum até o século XIX. Os médicos medievais prescreviam a drenagem do sangue como um tratamento para tudo, desde dores de garganta até a peste. Até mesmo alguns barbeiros ofereciam o serviço, junto com cortes de cabelo e barba. A prática finalmente saiu de moda depois que novas pesquisas mostraram que ela fazia mais mal do que bem, mas sanguessugas e sangrias controladas ainda são usadas hoje como tratamento para certas doenças raras.

2 - Trepanação



A forma mais antiga de cirurgia da humanidade também é considerada uma das mais terríveis. Há cerca de sete mil anos, civilizações antigas já praticavam a trepanação, que consiste em fazer buracos no crânio como forma de curar doenças. Ninguém sabe ao certo como essa técnica surgiu. Uma teoria sustenta que ela pode ter começado como uma espécie de ritual tribal. Assim, esse seria um método para libertar espíritos malignos que estariam possuindo os doentes. 

Outros historiadores argumentam que a técnica sempre teve caráter de cirurgia convencional, sendo usada para tratar epilepsia, dores de cabeça, abscessos e coágulos sanguíneos. Crânios trepanados encontrados no Peru sugerem que  muitos dos pacientes sobreviviam à cirurgia.

3 - Mercúrio


O mercúrio é conhecido por suas propriedades tóxicas, mas já foi usado em tratamentos médicos. Os antigos persas e gregos receitavam a substância como pomada, enquanto alquimistas chineses do século II acreditavam que ela servia para aumentar a vitalidade. Alguns curandeiros defendiam que quem ingerisse bebidas tóxicas contendo mercúrio venenoso, enxofre e arsênico poderia conquistar a vida eterna e a capacidade de andar sobre a água. Uma das vítimas mais famosas desse "remédio" foi o imperador chinês Qin Shi Huang, que supostamente morreu depois de ingerir pílulas de mercúrio criadas para torná-lo imortal.

Do Renascimento até o início do século XX, o mercúrio também foi usado como um medicamento popular para doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis. Enquanto alguns relatos alegam que o tratamento com metais pesados ​​era eficaz no combate à infecção, os pacientes frequentemente morriam de danos no fígado e nos rins causados ​​por envenenamento.

4 - Pomadas de excrementos 


Os antigos egípcios tinham um sistema de saúde bem organizado que incluía médicos especializados em curar doenças específicas. No entanto, os tratamentos prescritos nem sempre eram bons. Sangue de lagarto, camundongos mortos, lama e pão mofado eram usados ​​como pomadas e curativos tópicos, e as mulheres às vezes recebiam doses de saliva de cavalo como cura para a falta de libido.

Além disso, os médicos egípcios usavam excrementos humanos e animais como remédio para doenças e lesões. De acordo com Ebers Papyrus, de 1500 a.C., fezes de burro, cachorro, gazela e mosca eram utilizadas devido a suas supostas propriedades curativas e capacidade de afastar os maus espíritos. Embora esses remédios nojentos pudessem causar tétano e outras infecções, provavelmente não eram totalmente ineficazes. Pesquisas mostram que a microflora encontrada em alguns tipos de esterco animal contém substâncias antibióticas.

5 - Curas canibais


No passado, médicos podiam receitar elixires feitos de carne, sangue ou osso humano para problemas como dores de cabeça persistentes, cãibras musculares e úlceras estomacais. O chamado "remédio de cadáveres" era comum há centenas de anos. Os romanos acreditavam que o sangue dos gladiadores mortos poderia curar a epilepsia, enquanto os farmacêuticos do século XII eram conhecidos por manter um estoque de “pó de múmia” - um extrato macabro feito de múmias moídas saqueadas do Egito. Enquanto isso, na Inglaterra do século XVII, o rei Charles II era conhecido por ingerir uma bebida "revigorante" feita com crânio humano desintegrado e álcool.

Acreditava-se que os medicamentos canibais possuíam propriedades mágicas. A crença dizia que ao consumir os restos mortais de uma pessoa falecida, o paciente também ingeria parte de seu espírito, levando ao aumento da vitalidade e bem-estar. Assim, crânios eram usados para enxaquecas e a gordura humana para dores musculares. Mas renovar os estoques desses medicamentos poderia ser um processo difícil. Em alguns casos, os doentes até compareciam à execuções na esperança de conseguir um copo barato do sangue da pessoa recém-morta.

6 - Útero Errante


Os médicos gregos antigos acreditavam que o útero de uma mulher era uma criatura independente, com uma mente própria. De acordo com os escritos de Platão e Hipócrates, quando uma mulher era celibatária por um longo período de tempo, seu útero - descrito como um "animal vivo" ansioso para ter filhos - poderia perambular livremente dentro de seu corpo, causando sufocamento, convulsões e histeria.

Para impedir que seus úteros "passeassem", as mulheres eram aconselhadas a se casar jovens e a gerar o maior número possível de filhos. Para um útero que já havia "se libertado", os médicos prescreviam banhos terapêuticos, infusões e massagens para tentar forçá-lo de volta à posição. Os médicos podiam até fumigar a cabeça da paciente com enxofre e piche, enquanto esfregavam loções com cheiro agradável entre as coxas dela. A lógica é que o útero fugiria dos maus cheiros e voltaria ao seu devido lugar.

7. A Cura da Caveira da Babilônia



Os antigos babilônios acreditavam que a maioria das doenças era resultado de forças demoníacas ou castigo dos deuses. Os médicos geralmente tinham mais coisas em comum com padres e exorcistas do que com os médicos modernos: suas curas geralmente envolviam algum componente da magia. Por exemplo, se um paciente rangia os dentes, o curandeiro poderia suspeitar que o fantasma de um membro da família estava tentando entrar em contato com ele enquanto dormia. De acordo com textos necromânticos antigos, o médico recomendava dormir com um crânio humano por uma semana como forma de exorcizar o espírito. Para garantir que esse tratamento funcionasse, o portador de bruxismo também era instruído a beijar e lamber a caveira sete vezes por noite.


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