Tivemos eventos como o grande eclipse solar em julho, que pôde ser visto na Argentina, Chile e Uruguai. Os cientistas também nos deram boas notícias sobre o espaço: a publicação, por exemplo, da primeira imagem de um buraco negro, apresentada por um grupo de cientistas da Nasa, graças à colaboração de especialistas em computação como Katie Bouman.
E o que haverá nesse ano? Graças a avanços tecnológicos, a observação espacial foi facilitada e fenômenos astrofísicos podem ser previstos com mais precisão.
O calendário astronômico para esse ano de 2020 prevê, por exemplo, uma grande atividade lunar. Mas também aponta que teremos que esperar até o final do ano para poder testemunhar um eclipse solar total.
Abaixo, quatro dos fenômenos mais interessantes a serem observados no céu em 2020.
Superluna
1. Eclipse total do Sol Teremos que esperar até 14 de dezembro para podermos apreciar o único eclipse solar total de 2020, um evento que ocorre quando a lua bloqueia a passagem da luz solar. O fenômeno poderá ser visto sobretudo no hemisfério sul, especialmente em algumas áreas da Nova Zelândia, Chile e Argentina.
Também poderá ser visto parcialmente em áreas do Brasil. Em 2020, também haverá outro eclipse solar; não será total, mas anular, quando a Lua não está tão perto da Terra a ponto de bloquear o disco solar. O eclipse anular de 2020 ocorrerá em 21 de junho.
2. A superlua O dia 9 de março trará um dos eventos mais marcantes do ano: a superlua. Isso ocorre quando o satélite natural está mais próximo da Terra e coincide com a fase da lua cheia.
De acordo com os calendários de vários países, o fenômeno pode ser observado pela manhã e durante o pôr do sol. Nesses dias, a Lua parecerá 7% maior e 15% mais brilhante, e muitos observadores não especializados talvez nem percebam a diferença. Após a superlua de março, o fenômeno será repetido em 7 de abril e 9 de maio. 2016 foi o ano em que a Lua esteve mais próxima da Terra desde 1948 e ela não retornará a essa posição até 2034.
3. As Perseidas As chuvas de estrelas são, na verdade, chuvas de meteoros vistas em intervalos regulares porque correspondem a momentos em que a Terra passa por rotas de "
lixo" espacial.
Embora durante o ano ocorram várias chuvas de estrelas (janeiro, abril, maio e junho) e todas valham a pena, talvez as mais impressionantes para os fãs estelares sejam aquelas que ocorrem em agosto e dezembro.
As que ocorrem no oitavo mês do ano foram chamadas de Perseidas ou Lágrimas de São Lourenço (10 de agosto marca o dia de São Lourenço em vários dos países onde o fenômeno pode ser visto). O espetáculo vêm dos fachos de luz de detritos — rochas deixadas pelo cometa Swift-Tuttle, descoberto em 1860 — entrando em combustão pelo atrito com a atmosfera terrestre.
Os dias mais ativos desse fenômeno serão 12 e 13 de agosto.
4. As Geminídeas Um dos últimos espetáculos celestes de 2020 será a chuva de estrelas das Geminídeas. Ela ocorre uma vez por ano na Terra, pelo meio de dezembro. Isso porque é neste mês que normalmente nosso planeta, em sua trajetória ao redor do Sol, está cruzando a órbita do asteroide 3200 Faetonte, onde há milhares de pequenas rochas e destroços do asteroide no espaço.
Ao cruzar essa região, os detritos do asteroide entram na atmosfera da Terra. Se o céu estiver limpo, é possível ver até 120 "
estrelas cadentes" por hora no céu, no momento de pico do fenômeno. São as chuvas de meteoritos descobertas mais recentemente, bem no final do século 19, enquanto outros fenômenos semelhantes - como as Perseidas ou os Leônidas - foram descritos há mais de 1.000 anos.
As datas para apreciar esse fenômeno serão de 13 a 15 de dezembro de 2020.