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19/12/2019 às 14h01min - Atualizada em 19/12/2019 às 14h01min

Google, Apple e Microsoft acusadas por trabalho infantil na África

MINERAL

Tecmundo
A International Rights Advocates abriu, na última segunda-feira (16), processo contra algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo, acusando-as de lucrar com trabalho infantil nas minas de cobalto da República Democrática do Congo. Entre as companhias citadas na ação estão Google, Apple, Tesla, Microsoft e Dell.

De acordo com a organização, as gigantes do setor tecnológico tinham conhecimento de que a extração do cobalto utilizado em seus produtos poderia estar relacionada à exploração da mão de obra infantil na África.

Os autores da ação denunciam os casos de 14 crianças que trabalharam na extração do mineral no país africano, cujas histórias terminaram em morte ou ferimentos causados durante o trabalho. Elas eram contratadas por duas mineradoras, a britânica Glencore e a chinesa Zhejiang Huayou, que têm como compradores as empresas citadas.

O cobalto extraído é usado em vários dispositivos eletrônicos. (Fonte: Freepik)

No processo, as famílias afirmam que as crianças trabalhavam em condições totalmente insalubres recebendo entre US$ 1 e US$ 2 por dia e que apesar de saber de tudo isso, as empresas não tomaram qualquer medida. Elas solicitam indenização por crimes como trabalho forçado, falta de supervisão e enriquecimento ilícito.

O que dizem as empresas
Entre as empresas citadas no processo por trabalho infantil na África, apenas a Microsoft e a Glencore se posicionaram até agora. Ao The Telegraph, a companhia de Redmond disse estar comprometida com a compra responsável de minerais e sempre atenta às possíveis violações praticadas por seus fornecedores.

Já a mineradora revelou não ter o costume de comprar mineral extraído artesanalmente na África e que não tolera trabalho de menores de idade.

Vale lembrar que o uso do cobalto na tecnologia é bastante difundido. Encontrado em larga escala na África, principalmente no Congo, responsável por 60% da produção mundial, conforme a BBC, ele é um componente essencial para a produção das baterias de íon-lítio, que alimentam dispositivos eletrônicos como celulares, notebooks e carros elétricos.
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