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12/12/2019 às 16h39min - Atualizada em 12/12/2019 às 16h39min

Ritinha Prates terá nova presidente depois de 27 anos

Vanilda Maria Barboza assume o cargo em 1º de janeiro e comandará a associação até 2021, no lugar de Maria Aparecida Nascimento Xavier, que deixará o posto ocupado por ela desde 1992

Marcelo Teixeira
Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
Depois de 27 anos sob o comando de Maria Aparecida Nascimento Xavier (Cida), a Associação de Amparo do Excepcional Ritinha Prates (AAERP), de Araçatuba (SP), passará a ter uma nova presidente, a partir de 1º de janeiro de 2020. Em assembleia realizada na terça-feira (10), Vanilda Maria Barbosa (Vanda), foi eleita por aclamação para o biênio 2020-2021.

Baiana de Iguaporã, Vanda é aposentada, querida e lembrada por todos que acompanham a história da associação desde seus primeiros dias, Vanda foi uma das primeiras profissionais a trabalhar na entidade, criada em 1977. Vinda de Andradina, em 1980, foi contratada pela prefeitura (na gestão de Oscar Cotrim) e cedida para a associação, quando o presidente era Eliezer Rodrigues Teixeira.

"Era um trabalho sacrificante, pois a gente trabalhava para muito além do horário. Mas não havia do que reclamar. Senti que eu precisava estar exatamente aqui, e aqui me sentia em casa. Mas não vou mentir: no começo eu fiquei apavorada, pois era muito trabalho para ser organizado, sistematizado. Essa foi a minha primeira missão", revela Vanda.

A nova presidente trabalhou na Ritinha em duas oportunidades, sendo essa primeira com duração até 1990, quando solicitou transferência para o Pronto Socorro Municipal. Estava cansada e chegou à conclusão de que precisava de outros ares. Foi uma espécie de período sabático. Após um ano apenas, retornou. Permaneceu na entidade até 2002, e chegou a fazer parte da diretoria, como secretária e vice-presidente, assumindo eventualmente a presidência em situações em que Cida precisou ausentar-se.

 Quanto aos planos para os próximos dois anos, Vanda esclarece que dará prosseguimento à busca por ampliação do número de 24 leitos UCP (Unidade de Internação em Cuidados Prolongados), cuja ala está pronta, com a finalidade de atender usuários com quadro clínico estável, mas que necessitam permanecer sob cuidados especializados por mais tempo. "Além disso, planejamos ampliar os serviços ambulatoriais do CER, assim como levar a oficina ortopédica para um prédio externo, no jardim Carazza, cuja área nos foi cedida pela prefeitura", explica a futura presidente.

 

27 anos depois

Depois de oito mandatos consecutivos, Cida decidiu deixar de ser presidente, mas não se afastará da entidade, continuando como conselheira administrativa. Filha de um dos fundadores da AAERP, José Américo do Nascimento, Cida assumiu a presidência da associação em 1992, sucedendo Joaquim Francisco de Paula, e iniciou a profissionalização da gestão da AAERP.

Foram muitos os obstáculos e também as conquistas, como a do Certificado de Filantropia e as declarações de Utilidade Pública (municipal, estadual e federal), ampliações da estrutura (leitos, alas, salão de eventos etc.) e de convênios, como a alteração do convênio Leito-Dia para Autorização de Internação Hospitalar (AIH), em 1999, quando o regime asilar deu lugar ao hospitalar – foi naquele ano que o Hospital Neurológico Ritinha Prates passou a existir oficialmente.

Durante os seus mandados, a AAERP recebeu o Selo Ouro do Programa de Revitalização de Hospitais Filantrópicos, realizado pelo CEALAG (Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão), uma das entidades filantrópicas mais respeitadas do país. Vale destacar também o aperfeiçoamento das ações e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), atendimento Ambulatorial de Média Complexidade em Serviço de Atenção à Saúde Auditiva, e implantação do Centro Especializado em Reabilitação (CER III – Física, Auditiva e Visual) e da oficina ortopédica.

Quanto ao número de associados, quando chegou ao Ritinha, eram pouco mais de 200, entre Pessoas Físicas e Jurídicas. Hoje, o cadastro da entidade conta com cerca de 40 mil registros, sendo aproximadamente 20 mil fixos. Esse salto foi resultado da criação do departamento de Telemarketing, sob a gestão de Cida, em 2000. Atualmente, o setor angaria cerca de 30% das receitas mensais do hospital neurológico.

Passado um quatro de século à frente da Ritinha Prates, Cida resume sua avaliação de tudo o que enfrentou como "extremamente desafiador". Sempre que achou ter vencido o principal problema, vinha outro, e mais outro, indefinidamente. "Encerro um ciclo relativo a um cargo, com a sensação de missão cumprida, mas a minha história com a associação continua. Estarei aqui para socorrer a Vanda no que for preciso, tendo a certeza que ela se sairá muito bem, pois é uma excelente pessoa e muito focada nos usuários", finaliza.


A Ritinha Prates

Sem fins lucrativos, a Associação de Amparo do Excepcional Ritinha Prates existe há 42 anos, e trabalha na área da saúde e inclusão social, por meio do Hospital Neurológico Ritinha Prates, com a prestação de serviços especializados a pessoas com deficiências neurológicas profundas e irreversíveis. Atualmente, atende 60 usuários internos. A entidade também é a mantenedora do Centro Especializado em Reabilitação III – Ritinha Prates (CER III Ritinha Prates), que presta cerca de 500 atendimentos por mês.

Entre os valores da associação, que atende exclusivamente por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), usuários de 40 municípios vinculados ao DRS-2 (Departamento Regional de Saúde), está o tratamento humanizado, além do respeito a conceitos éticos, morais, ambientais e filantrópicos.
 
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