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11/12/2019 às 10h40min - Atualizada em 11/12/2019 às 10h40min

Em tempos altamente tecnológicos, artista mineira relembra a sutileza da infância

Assessoria de Imprensa, Naves Coelho
Foto: Divulgação
Hoje em dia, as crianças já nascem com o celular na mão. O advento da tecnologia digitalizou não apenas os antigos processos manuais de organizações e empresas, mas até mesmo as tradicionais brincadeiras infantis. Pique-esconde, amarelinha, bolinha de gude e queimada são apenas alguns dos passatempos que tiveram seu auge nas décadas passadas e hoje estão sendo ofuscados pelo brilho das telinhas dos celulares.
 
Saudosa, a artista plástica mineira, Vânia Braga, lembra com carinho das antigas brincadeiras de rua em sua exposição intitulada “Reminiscências da Infância”. Com 16 peças inéditas, a mostra resgata brincadeiras infantis de um tempo onde a imaginação tinha destaque.
 
De acordo com Vânia, as obras remetem à simplicidade de sua infância em Pedro Leopoldo, na região Central de Minas Gerais. “Foi uma época marcada principalmente pela liberdade. Era comum soltar pipa na rua, brincar de finca, bolinha de gude, construir carrinhos de rolimã… Como você coloca uma criança hoje assim na rua em meio a tanta violência?”, questiona.


 
Filha do artista plástico Alberto Braga, Vânia viveu a infância ao lado de diversos artistas, que frequentavam o ateliê em sua casa. A argila, um de seus materiais preferidos para trabalhar, entrou cedo na sua vida. “Eu morava ao lado de uma olaria e sempre ao fim de tarde, buscava um pouco de argila para brincar. O simples contato com ela, já me deixava extasiada”, lembra. Aos cinco anos de idade, ela ganhou seu primeiro cavalete e uma maleta de tintas.
 
De uma infância onde a liberdade e a arte andavam lado a lado à um período no qual as crianças estão obcecadas por aparelhos digitais, o trabalho de Vânia se mostra bastante pontual em suas críticas. “Virou um vício. Por que não levar seu filho para brincar no parque, soltar pipa e esquecer do tablet? É uma questão de educação familiar. Precisamos trazer nossas brincadeiras antigas para os tempos de hoje”, comenta Vânia.
 
Para montar suas “Reminiscências da Infância”, Vânia Braga estudou sobre as memórias da infância durante três anos. “Não são apenas minhas memórias, são lembranças de todos que viveram aquela época”, conclui a artista.
 

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