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10/12/2019 às 17h16min - Atualizada em 10/12/2019 às 17h16min

Não foi dessa vez: juíza nega pedido de prisão de Lulinha

O próprio MPF foi contrário aos pedidos de prisão solicitados pela PF durante a 69ª fase da Operação Lava Jato.

Não foi dessa vez que Fábio Luis Lula da Silva, o “Lulinha”, terminou o dia conhecendo de perto o sistema carcerário brasileiro. A juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt, negou os pedidos de prisão solicitados pela Polícia Federal. Além do filho do ex-presidiário Lula, a PF havia requerido a prisão de Kalil Bittar, Jonas Leite Suassuna Filho, Ricardo Silva Machado, Alessandro Ramos Sargenteli, Amaury Mari Mello, Roberto Bahiense de Castro e Sandro Maia de Araújo.

O parecer do Ministério Público Federal foi contrário aos pedidos de prisão solicitados pela PF: “Não obstante de fato recaiam fundadas suspeitas da prática de crimes graves pelos investigados, o Ministério Público Federal entende que a decretação de suas prisões temporárias, no presente momento, não é necessária para as investigações”.

“Considerando o tempo decorrido desde a representação policial, acolho inicialmente o parecer do MPF entendendo que não há no momento necessidade de decretação de prisão temporária dos investigados. Alguns deles já foram alvo de medidas de buscas no ano de 2016, e já possuem ciência de que são alvo de investigações”, constatou a magistrada.

Entenda o caso
A PF deflagrou a 69ª fase da Operação Lava Jato com o objetivo de buscar provas em investigação sobre repasses financeiros suspeitos realizados por empresas do grupo Oi/Telemar em favor de empresas do grupo Gamecorp/Gol – controladas por Lulinha e por seus sócios, Fernando Bittar, Kalil Bittar e Jonas Suassuna.

Segundo o MPF, os pagamentos foram efetuados entre 2004 e 2016 e são superiores a R$ 132 milhões. A Procuradoria aponta que parte desses recursos teria sido usada para compra do famoso sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, pivô da mais recente condenação a Lula no âmbito da Operação Lava Jato. 

A força-tarde investiga ainda “indícios de irregularidades no relacionamento” entre a Gamecorp/Gol e a Vivo/Telefônica no âmbito do projeto “Nuvem de Livros”. A Procuradoria identificou uma movimentação de R$ 40 milhões entre a Movile Internet Móvel, empresa do grupo Telefonica/Vivo, e a Editora Gol entre 15 de janeiro de 2014 e 18 de janeiro de 2016.
 

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