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10/12/2019 às 15h22min - Atualizada em 10/12/2019 às 15h22min

Jogos de tabuleiro ressurgem e ganham força em um mercado majoritariamente dominado pela tecnologia

Assessoria de Imprensa, Naves Coelho
Foto: Divulgação
É uma cena comum ao imaginário brasileiro, a imagem de jovens e adultos reunidos ao redor de uma mesa e entretidos com os jogos de tabuleiro e cartas. Desde o tradicional truco, jogado com um baralho de cartas tradicional, aos modelos mais imersivos de tabuleiros, estes passatempos sempre estiveram presentes em festas, reuniões e no próprio cotidiano de milhares de pessoas.

Mas, ainda que o advento da tecnologia tenha relegado uma grande parcela destes jogos ao fundo do armário com o passar dos anos, a necessidade de entretenimento imersivo e lúdico tem feito com que muitas pessoas se entreguem novamente às novidades do mercado de board games.

 
De acordo com o game designer e CEO da editora especializada em jogos de tabuleiro e cartas, Geeks N' Orcs, Renato Simões, a partir de meados dos anos 90, esse tipo de atividade começou a trilhar um novo caminho rumo ao sucesso. “Cada vez menos interessantes para a geração que já tinha nos videogames uma de suas principais formas de diversão, os jogos analógicos nesta época, começaram a dar os seus primeiros sinais de mudanças com o surgimento de exemplares como o  famoso ‘Colonizadores de Catan’, que ofereciam uma linguagem mais moderna, gráficos detalhados e mais atraentes, e uma dinâmica estratégica e atualizada com o ritmo de raciocínio daqueles jovens. Essa reformulação deu um grande impulso a área e fez com que este mercado conseguisse conquistar vários outros adeptos ao redor do mundo”, comenta.
 
Renato explica que estes novos board games trouxeram conceitos nunca antes usados, mas, principalmente, proporcionaram um maior controle por parte do jogador. “Diferente das versões antigas, os jogos modernos têm foco nas escolhas dos jogadores.

Durante a brincadeira, as decisões de um determinado participante possuem maior peso que a sorte. Cada jogador pode influenciar de forma direta ou indireta nas estratégias adotadas pelos demais, tornando o jogo mais interativo, menos repetitivo e mais dependente da capacidade de se preparar para possíveis adversidades”, ressalta.

 
Outra mudança proporcionada pelos jogos de mesa mais recentes é o fato de que os mesmos não trabalham com a eliminação de jogadores em partidas muito longas. Na maioria das vezes, os jogadores permanecem na partida até o seu fim, sempre com chances de darem a volta por cima quando estão em desvantagem”, aponta.
 
Segundo o game designer, a capacidade de renovação de atividades tão tradicionais faz com que os jogos de tabuleiro se tornem capazes de resistir, mesmo em uma sociedade tão digitalizada. “Eles reúnem o melhor dos dois mundos. Existem os educativos, que desenvolvem habilidades cognitivas e os de puro entretenimento, que são ótimas opções pra quem quer se divertir com os amigos de uma forma saudável, diferente e divertida”, destaca.
 
O ressurgimento destes jogos não apaga o poder dos bons e velhos War, Banco Imobiliário e Jogo da Vida, mas, apenas acrescenta novos formatos e modelos para que as pessoas possam se divertir ainda nos fins de semana.

“Com regras simples, partidas rápidas e histórias imersivas, os jogos de tabuleiro conquistaram de volta os seus lugares na mesa de dezenas de brasileiros, e, desta vez, vieram para ficar”, conclui.

 


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