29/11/2019 às 15h38min - Atualizada em 29/11/2019 às 15h38min
Acusado de corrupção entre 2006 e 2012, ex-presidente da CBF é banido pela Fifa
O Comitê de Ética da Fifa citou investigações americanas e suspeitas de corrupção na organização da Copa do Mundo de 2014.
MBL NEWS
Nesta sexta-feira (29/11), a Fifa anunciou a suspensão definitiva de Ricardo Teixeira do futebol mundial.
Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entre 1989 e 2012 e ex-membro do antigo Comitê Executivo da entidade que rege internacionalmente o esporte, o ex-dirigente foi banido por decisão do Comitê de Ética, que chegou à conclusão de que o brasileiro cometeu o crime de corrupção em suas ações no esporte entre 2006 e 2012.
Conforme afirmou a Fifa, Teixeira esteve envolvido em “esquemas de suborno” nesse período, quando teve relação direta com as negociações da CBF, Conmebol e Concacaf com empresas de marketing esportivo. A maioria dos contratos se referia à venda de direitos de transmissão das competições organizadas por estas entidades.
O Comitê de Ética, em suas investigações, concluiu que o ex-dirigente de 72 anos infringiu o artigo 27 do Código de Ética da Fifa, ao receber propina. E, como consequência, foi punido com o banimento definitivo do futebol.
Na decisão, a Fifa citou o material investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que veio à tona em maio de 2015 e causou seguidas denúncias e prisões de figuras do futebol mundial – especialmente na América do Sul.
Além disso, o Comitê de Ética citou as suspeitas de corrupção na organização da Copa do Mundo de 2014. Teixeira, antes de deixar a CBF, era presidente do Comitê Organizador Local (COL) daquele Mundial.
“O Comitê conclui que o Sr. Teixeira sistematicamente/repetidamente aceitou ofertas e promessas de seguidos subornos no valor aproximado de US$ 7,7 milhões (cerca de R$ 32,6 milhões)”, explicou a Fifa, em sua decisão final.