AtaNews Publicidade 728x90
26/11/2019 às 14h52min - Atualizada em 26/11/2019 às 14h52min

Da argila ao bronze: Artista mineira consolida-se como escultora de personalidades e monumentos nacionais

Assessoria de Imprensa, Naves Coelho
Foto: Divulgação
Vânia Braga brinca que já nasceu com a argila na mão. Filha do renomado artista plástico Alberto Braga, a artista mineira se destaca no mercado nacional por ser responsável pela elaboração de esculturas de grandes personalidades – como a de Irmã Dulce na cidade de Candeias (BA) e de Chico Xavier em Pedro Leopoldo (MG) –, e também por sua série de felinos esculpidos em bronze e resina cristal.
 
Quem passa pela fachada da Casa Museu de JK, no Mirante Bandeirantes, pode conferir a obra “Eterna modernidade”, que é um retrato fiel do momento em que o então prefeito Juscelino Kubitschek, o arquiteto Oscar Niemeyer, o artista plástico Cândido Portinari e o paisagista Roberto Burle Marx se reuniram, em 1942, para discutir o projeto de construção do Conjunto Arquitetônico da Pampulha.
 
A grandiosidade do monumento, que foi produzido ao longo de quatro meses, e pesa cerca de 600 quilos, confirma a imponência daquele momento, e impressiona os turistas. Hoje a peça se tornou um dos principais pontos de visitação da região.
 
A artista também é famosa pelo “Imigrante Libanês”, obra que está no centro de Teófilo Otoni, representando as origens da cidade. Ela ainda assina a escultura “Maternidade”, onde uma pantera carrega a sua cria na boca, localizada no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.
 
A artista plástica lembra com carinho da infância, período no qual conviveu ao lado de grandes nomes das artes plásticas que frequentavam o ateliê de seu pai. As influências da época foram tão marcantes para a sua trajetória, que ganharam até uma exposição própria: “Reminiscências da infância”. As 16 peças produzidas para a montagem resgatam antigas brincadeiras de crianças, que perpassavam pelo mundo pulsante da imaginação. “Hoje em dia as crianças já nascem com um celular na mão. Aquelas brincadeiras lúdicas, que exploravam nossos sentidos e imaginação, estão se perdendo. A exposição é uma forma de fazer esse resgate e celebrar aquela época”, explica a artista.
 
Vânia revela que as esculturas de Sônia Ebiling serviram de inspiração para que a mesma enveredasse de vez pelo mundo das esculturas. “Ficava admirando suas figuras femininas e os felinos da artista, o que acabou influenciando o meu trabalho”, revela.
 
Para a artista plástica Yara Tupynambá, o tema principal de Vânia é o movimento. "Assim se faz a arte. Primeiro, um olhar sensível capaz de captar um animal, depois outro olhar capaz de transformar o que foi visto em esculturas de forte apelo visual", diz.
 

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »