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21/11/2019 às 15h32min - Atualizada em 21/11/2019 às 15h32min

Programa lançado pelo Governo Federal vai levar microcrédito à população de baixa renda

A expectativa é assinar 10 milhões de contratos até dezembro de 2022 e garantir R$ 40 bilhões em créditos para pessoas de baixa renda que queiram começar ou ampliar o próprio negócio

Governo do Brasil
Foto: Divulgação
Facilitar a obtenção de microcrédito para pessoas de baixa renda que queiram começar ou ampliar o próprio negócio é uma das medidas do Programa Verde Amarelo, lançado em 11 de novembro pelo Governo Federal. A expectativa é assinar 10 milhões de contratos até dezembro de 2022 e garantir R$ 40 bilhões em créditos.

O secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, explicou que é preciso atingir a parcela da população que está à margem do processo de negociação e produção, além de incentivar o empreendedorismo. “Uma grande maioria de brasileiros estão, hoje, sujeitos a um crédito informal que chega muitas vezes a 10% na mão de agiotas. É esse o público que queremos atingir”, esclareceu Marinho durante discurso na cerimônia de lançamento do programa.

Dados do Banco Central mostram que, entre a população que recebe até um salário mínimo por mês (R$ 998), os tomadores de crédito representam 11% . Já entre os 38,6 milhões de indivíduos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), 6,7 milhões têm empréstimos ativos.

Entre as ações previstas para simplificar o acesso ao microcrédito estão a modernização da legislação trabalhista para quem faz a operação não ser confundido com bancário; e incentivar bancos, agências de fomento e cooperativas de crédito a investirem nesse mercado. Também está previsto o incentivo a fintechs, que são startups que trabalham para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro.

“Estamos alterando uma série de leis que tratam do tema para simplificar o processo, para permitir sua expansão de forma exponencial e nosso público são as pessoas mais pobres e mais vulneráveis formais e informais na nossa sociedade”, disse o secretário Rogério Marinho.

Um exemplo de empreendedorismo usando microcrédito é o de Ângela Cristina Toyansk. Ela já fazia doces para complementar a renda, mas, quando se aposentou, decidiu transformar a paixão pela culinária em negócio.

Ângela se tornou microempreendedora individual (MEI) e conseguiu um crédito de R$ 5,5 mil, que usou pra comprar um forno elétrico, mesa de inox, prateleira e formas para produzir biscoito goiabinha. Foi o empurrão que faltava para chegar aos 50 quilos de biscoitos vendidos por mês. “Foi um avanço. Eu queria comprar as coisas e tinha que tirar do meu dinheiro, do que eu uso. O empréstimo eu pago um pouquinho e já fiz uma compra toda. Então, deu pra eu crescer mais, eu estava começando. Foi um empurrão para eu fazer as coisas pra fora, pra venda”, contou a microempreendedora.

A experiência com o microcrédito deu tão certo que após terminar de pagar esse empréstimo, Ângela já tem planos de pegar outro. Atualmente, ela faz os biscoitos na cozinha de casa e pretende alugar um espaço maior para aumentar a produção.

Programa Verde Amarelo

O Programa Verde e Amarelo e a Estratégia Nacional de Qualificação trazem um conjunto de iniciativas que devem beneficiar 4 milhões de pessoas em três anos. A ideia é incentivar a contratação de jovens de 18 a 29 anos, a reinserção de pessoas com deficiência e reabilitados no mercado de trabalho e a ampliação do microcrédito para pessoas de baixa renda.
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