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19/11/2019 às 17h58min - Atualizada em 19/11/2019 às 17h58min

Maia aceita encontro com Lula

O presidente da Câmara aceitou receber o ex-presidiário para uma conversa.

MBL NEWS
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), aceitou a proposta feita pelo deputado federal José Guimarães (PT/CE) de receber o ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva para um encontro.

O autor do convite, Guimarães, não esconde que gostaria de ver Maia como vice em uma chapa encabeçada pelo líder petista, mas, ao menos por enquanto, essa é uma ideia rechaçada pelo presidente da Câmara, que não tem intenção de assumir o lugar que já foi ocupado pelo ex-vice presidente da República José de Alencar, o qual foi considerado elemento chave para a vitória de Lula em 2002.

A quem pergunta sobre uma possível aliança com Lula, o deputado federal diz que não enxerga essa possibilidade e que, por essa razão, pretende manter um encontro protocolar, no gabinete da presidência da Câmara e não na sua residência, para evitar especulações. “Ele é um ex-presidente da República e eu não recusaria o encontro. Mas agora é hora de cuidar do meu projeto”.

O “projeto” de Maia, no momento, é juntar os partidos de centro e se colocar, ele próprio, como uma alternativa à polarização entre o lulopetismo e o bolsornarismo.

O presidente da Câmara também não aposta no sucesso das candidaturas presidenciais do governador do Estado de São Paulo, João Doria, e do apresentador da TV Globo, Luciano Huck. Contudo, prefere manter a aproximação e o diálogo com ambos na tentativa de conquistar uma parcela do PSDB, do Cidadania e dos movimentos por renovação política que Huck e Doria cultivam.

A ideia de Maia é juntar esse grupo aos partidos apontados no Congresso Nacional como o “Centrão” – formado por partidos como DEM, MDB, PP, PR e Solidariedade -, e até evangélicos ligados ao PRB, para dar a largada na sua própria candidatura à presidência do País.

Mais tarde, se o seu “projeto” não for para frente, então terá base para negociar. Da mesma forma, Lula e os dirigentes do PT possivelmente evitarão falar em aliança, embora seja fato que os petistas adorariam encontrar um novo José Alencar para 2022.
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