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14/11/2019 às 16h49min - Atualizada em 14/11/2019 às 16h49min

Piscicultura em tanques escavados é opção rentável para produtores rurais da região de Araçatuba

Em curso realizado em Coroados pelo SIRAN e Senar-SP, em parceria com a prefeitura e a CDRS, participantes receberam informações teóricas e práticas da atividade que cresce 8% ao ano no Brasil

Marcelo Teixeira
Assessoria de Imprensa
Manoel Antônio Leitao. ( Foto: Divulgação)
No sítio Leitão, a oito quilômetros do centro de Coroados (SP), 16 produtores rurais locais e também de Araçatuba, Birigui e Brejo Alegre ouvem atentamente os ensinamentos do engenheiro agrônomo Odenir Rossafa Garcia. O instrutor do Senar-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) detalha as técnicas para a produção de peixes no curso Piscicultura – Cultivo em tanque escavado. Na propriedade de aproximadamente 12 hectares (ha), o produtor Manoel Antônio Leitão conta com 34 tanques, e cria oito espécies: matrinxã, pacu, pangasius (panga), pintado, pirarucu, tambacu, tambaqui e tilápia.
 
A capacidade de produção gira em torno de 20 toneladas de peixe por mês, mas, atualmente, Leitão se contenta com metade desse potencial. "Comecei esses tanques e a criação como um passatempo, e notei que pode ser um excelente negócio. Estou muito confiante. Na fase atual estou desenvolvendo o sistema de comercialização, fazendo contato com frigoríficos, com os pés no chão. À medida que houver demanda, aumentarei a produção", explica.
 
Se depender da avaliação de Garcia, isso certamente ocorrerá. "São muitas as vantagens do tanque escavado sobre outros métodos de piscicultura e também em relação a outras criações e culturas. O custo é muito menor e a operação, bem menos burocrática quando comparada a tanques-rede, por exemplo. E a margem de lucro pode chegar a mais de 40% do investimento. Que outra atividade do agronegócio te dá esta rentabilidade hoje?", comenta o instrutor.
 
Em Coroados, há fila de espera para o curso, que objetiva acréscimo de renda e de alimentação familiar, principalmente para pequenos produtores rurais. Dividido em 32 horas, divididas em quatro dias, o programa do curso inclui legislação para licenciamento ambiental da aquicultura, diagnóstico da piscicultura, planejamento do sistema de cultivo a ser implantado, preparação do viveiro para o povoamento, manejo da alimentação dos peixes da forma correta, monitoramento da piscicultura, conhecimento das principais doenças e como fazer a despesca.
 
Dados da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) e que integram o Anuário da Piscicultura Brasileira, em 2018, mostram que o Brasil produziu 691,7 mil/t de pescados, com crescimento de 8% sobre 2017 (640,51 mil t). O crescimento foi puxado principalmente pelo aumento de 13,48% na produção de tilápia.
 
O SIRAN
 
Criado em 25/10/ 1942, O Sindicato Rural da Alta Noroeste foi do pioneirismo dos produtores rurais, responsáveis direto pelo desenvolvimento da cidade e que tinham uma visão do futuro. Inicialmente, o grupo formou a Associação de Invernistas e Criadores da Alta Noroeste, com a finalidade de constituir uma sociedade para a defesa dos interesses da classe, tendo sido então escolhida, por aclamação, a diretoria liderada por Carlos Soares de Castro. De lá para cá, o sindicato vem desenvolvendo um trabalho de união entre os produtores rurais, somando esforços para defender a classe produtiva.
 
Atualmente, o SIRAN representa produtores de Araçatuba, Santo Antônio do Aracanguá, Guararapes, Nova Luzitânia, Gabriel Monteiro, Gastão Vidigal e Rubiácea. A entidade é uma referência na prestação de serviços para a classe produtiva rural, quer seja na área de assessoria e orientação, bem como de representatividade na luta dos interesses de seus associados.
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