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08/11/2019 às 11h53min - Atualizada em 08/11/2019 às 11h53min

O diabetes também pode afetar a saúde da pele: Saiba como cuidar!

Dra. Ana Rosa Magaldi
Assessoria de Imprensa, Naves Coelho
Foto: Divulgação

Um levantamento do Ministério da Saúde revelou que no Brasil existem 16 milhões de pessoas portadoras de diabetes. O nosso país é o quarto com o maior número de casos no mundo, tendo a doença como a quarta maior causa de mortes. 

As pessoas que possuem a enfermidade lidam com uma série de cuidados intensos ao longo do cotidiano. Mesmo com o índice glicêmico em controle, os pacientes que convivem com qualquer uma das duas variações da doença têm maior propensão a sofrer com problemas de pele. De caráter crônico, o diabetes é causado pela produção insuficiente ou absorção ineficaz de insulina, que é o hormônio responsável pela regulação da glicose no sangue e garante energia para os nossos corpos.

De acordo com a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), Ana Rosa Magaldi, O primeiro tipo da doença acontece quando o pâncreas perde a capacidade de produzir a insulina. “Já no tipo 2, o organismo produz a insulina, mas pode desenvolver uma resistência ao hormônio. Desempenhando um significativo papel na saúde da pele, a insulina em deficiência pode causar diversos distúrbios e disfunções no maior órgão de nosso corpo”, ressalta. 

Ana Rosa explica que a alta taxa glicêmica pode afetar a pele de diversas maneiras. Com uma aparência ressecada e mais fina, a pele deste tipo de paciente tende a ser mais frágil e sensível.

“O tecido cutâneo de pessoas com o diabetes ainda possui forte propensão a infecções. Isso acontece porque a pele de pessoas nestas condições costumam ser mais xeróticas e ressecadas.

Esta baixa de hidratação na pele pode dar origem a fissuras, lesões ou descamações, tornando a área propicia a proliferação bacteriana”, esclarece. 

Outro problema que também afeta a pele de pessoas diabéticas é a dificuldade de cicatrização. A hiperglicemia incapacita as células de defesa do organismo, ou seja, os glóbulos brancos.

“Estas células têm a função de atacar microrganismos, como as bactérias, vírus, e fungos, que possivelmente atinjam os nossos corpos. Alguns estudos também demonstram que o excesso de açúcar no sangue, aumenta a produção de substâncias derivadas do oxigênio, o que provoca uma elevação expressiva do apoptose celular, que pode ser definido como a morte das células antes que as mesmas concluam os seus papéis”, comenta.

Além destas ocorrências, alguns microrganismos se alimentam da glicose extra do sangue, o que acaba favorecendo ainda mais a formação de infecções. “Então, mesmo que sejam pequenas ou de menor gravidade, todas as lesões na pele de uma pessoa com diabetes, merece muita atenção. Uma das complicações mais severas em pessoas atingidas pela doença é o pé diabético, pois ele representa a presença de infecções e problemas circulatórios nos membros inferiores. Dependendo do caso, esse problema pode evoluir para a necessidade de uma amputação”, alerta. 

Segundo a dermatologista, para evitar todas estas adversidades, é essencial que as pessoas que possuem a doença, mantenham o controle das taxas de glicose no sangue e deem muita atenção ao surgimento de lesões. “Caso uma ferida surja, recomendo aos pacientes que lavem o local com água e sabão, e tampem com um curativo seco, realizando trocas diárias.

Entretanto, o ideal é procurar pela ajuda médica, pois somente o profissional poderá indicar o tratamento adequado para casa situação. Os membros inferiores demandam cuidados ainda mais profundos. É preciso que estas pessoas evitem andar descalços, enxuguem as extremidades dos dedos dos pés e não deixem que suas unhas encravem”, indica. 

A dermatologista ainda destaca que para impedir o ressecamento extremo da pele, os pacientes se hidratem por meio da ingestão de muita água e uso de hidratantes corporais. “É essencial que o diabético faça uso de produtos recomendados por um dermatologista especializado, pois alguns cremes, a exemplo daqueles com álcool em suas composições, podem piorar as lesões.

Lembro também que a ação de aplicar o creme na pele, é muito importante, pois dessa forma o paciente poderá observar o seu corpo com maior cuidado e atenção, reparando se há a presença de lesões”, conclui.


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