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02/10/2019 às 14h23min - Atualizada em 02/10/2019 às 14h23min

Como aplicar de forma correta o marketing na área da saúde?

Acontece no próximo dia 10, na Associação Médica de Minas Gerais, o II Encontro de Gestão e Marketing Médico, que tem como tema central “Tudo o que a faculdade não nos ensina sobre estratégia de mercado”

Assessoria de Imprensa, Naves Coelho
Foto: Divulgação

Não é segredo para ninguém que uma boa estratégia de marketing pode alavancar um negócio. Toda empresa precisa ser vista e lembrada, para alcançar novos clientes e fidelizar aqueles que já acompanham o trabalho. No entanto, alguns empreendimentos precisam tomar bastante cuidado, pois podem cair em armadilhas pelo caminho. Esse é o caso dos negócios da área da saúde. Apesar de serem como quaisquer outras empresas do segmento de serviços, os empreendimentos deste setor podem e devem acrescentar o marketing como uma parte importante do planejamento estratégico da empresa, porém é preciso cuidado, já que o Conselho Federal de Medicina (CFM) possui normas que precisam ser seguidas.

Esse assunto será parte do tema abordado no “II Encontro de Gestão e Marketing Médico”, promovido pela Inmedic Brasil no dia 10 de outubro. Segundo o cardiologista, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e sócio da Inmedic Brasil, Bruno Alencar, os empreendimentos da área da saúde sofrem com a grande falta de profissionais que saibam gerir ou fazer o marketing de suas empresas, por isso a importância de abordar o assunto. “Diferente de outros cursos, os da área da saúde não costumam discutir matérias sobre essas temáticas, o que faz com que as pessoas do âmbito médico passem por certas dificuldades”, explica.

Para Bruno Alencar, antes de tudo é preciso deixar claro o que o CFM não permite. “O Conselho possui a preocupação de não deixar a saúde como um balcão de negócios, onde o cliente/paciente busca escolher mediante preços mais baixos ou promessas de resultados garantidos. Por isso, é proibida a divulgação de preços ou formas de pagamento nas campanhas publicitárias”, orienta. Ele ainda esclarece que, ao proibir a publicação das chamadas fotos “antes e depois”, a instituição reafirma que não há garantia de resultados nos tratamentos médicos, como também busca proteger os médicos contra os futuros processos civis. “A prática de tirar foto com pacientes também é condenada pelo CFM, pois, além de expor o paciente de forma desnecessária, muitas vezes estes pacientes são pessoas famosas ou influenciadores digitais, e isso não pode ser usado como fator determinante na hora de escolher o seu médico”, diz.

Os erros mais comuns acontecem devido ao desconhecimento da resolução do CRM e da inexperiência de empresas de marketing na área médica. Publicação de fotos “antes e depois”; com pacientes; e de especialidades que não são oficialmente registradas no Conselho ou de médicos não possuem o Registro de Qualificação de Especialista (RQE) são os casos mais recorrentes.

Segundo Bruno, se bem usado, o marketing pode ser de grande valia para um negócio. “O Conselho Federal de Medicina emitiu a resolução 1974/2011 que trata exatamente de como deve ser feita a publicidade na área médica, em que se preza exclusivamente pela ética. É permitido, por exemplo, anúncios médicos que visam expor informações de interesse público, como as dicas de saúde e informações científicas acerca de doenças e tratamentos, sempre com um caráter didático e informativo, em busca da boa prática médica”, afirma.

Para ele, a melhor forma de aplicar o marketing na área continua sendo a produção de conteúdo educativo para a sociedade. “Além de contribuir para a instrução e conscientização da população, fornecendo informações valiosas à saúde, esse tipo de iniciativa aos poucos posiciona o profissional como referência na área médica, algo que é de desejo da maioria dos médicos”, opina o cardiologista. Ele ainda indica que é imprescindível que os profissionais se façam presentes no meio digital por meio da elaboração de um site, pois hoje ele representa o antigo cartão de visita, mas agora se configura como se fosse um cartão digital. Através do site, os possíveis futuros pacientes poderão conhecer mais sobre o trabalho e biografia do médico, avaliando a sua formação profissional e competências adquiridas.
 


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