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24/09/2019 às 09h29min - Atualizada em 24/09/2019 às 09h29min

Operação Verde Brasil aplica R$ 36,3 milhões em multas

Durante um mês de ação foram combatidos 571 focos de incêndio por terra e 321 por meio aéreo

Portal Brasil
Ministro da Defesa apresenta balanço Foto: José Cruz/Agência Brasil
Operação Verde Brasil completa um mês com a aplicação de 112 termos de infração totalizando R$ 36,3 milhões em multas. As penalidades foram aplicadas por irregularidades como desmatamento, apreensão de madeira e garimpo ilegal na região da Amazônia Legal.

No período, um total de 63 pessoas foram detidas por atos ilegais na região e 28 veículos foram apreendidos. O balanço do primeiro mês da operação foi divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Ministério da Defesa.

A operação soma 8.170 militares e integrantes de agências municipais, estaduais e federais atuando no combate às queimadas e repressão ao desmatamento da floresta e do garimpo ilegal. Nesse trabalho são empregadas 143 viaturas, 12 aeronaves e 87 embarcações.

Os dados do balanço mostram ainda que durante o mês de ação da Operação Verde Brasil foram combatidos 571 focos de incêndio por terra e 321 por meio aéreo. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, destacou que além do combate ao fogo, a operação tem importância ao evitar novos focos de incêndio e outros atos ilegais na região da floresta. Na avaliação do ministro, os resultados foram expressivos.

"O importante também da nossa presença nessa região é o aspecto dissuasório. O pessoal que estava fazendo ilícitos, quando vê as Forças Armadas junto com outros órgãos, às vezes some. Isso ajuda prevenir os ilícitos e os incêndios. É muito importante a presença dissuasória da GLO [Garantia da Lei e da Ordem]”, defendeu o ministro.

A previsão é que a atuação militar na Amazônia Legal permaneça até 24 de outubro. Na última sexta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro prorrogou por mais 30 dias o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) Ambiental na região.

Para o ministro, não é correto dizer que a “Amazônia está em chamas”. “Estive lá e mostramos o real e acho que está longe uma Amazônia em chamas. A floresta úmida está preservada e não tem queimada. O que tem é aquele arco do calor do fogo. Ali realmente preocupa mais, mas ainda está na média dos outros anos”, explicou.

Multas
As multas foram aplicadas por órgãos como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo com o chefe do Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo), Gabriel Zacharias, o objetivo da operação não é fazer autuações e aplicar multas, mas sim evitar novos crimes.

“A gente não quer multar, a gente quer evitar que se derrube. E o foco dessa GLO foi esse. Tivemos as autuações, mas o mais importante foi o que não derrubou, o que não queimou, o garimpo que não foi aberto. Esse é nosso trabalho na GLO, evitar os novos focos de incêndio”, disse Zacharias.

O coordenador de emergências ambientais do ICMBio, Christian Berlinck, disse que a maior parte dos incêndios combatidos na região de atuação da GLO são criminosos. “Noventa e nove por cento do fogo é de origem humana. Muitos incêndios que normalmente combatemos são criminosos, mas para que a gente consiga decretar isso com bastante clareza, passa por um processo de investigação”, esclareceu.


Sistema de Proteção da Amazônia
Antes de divulgar o balanço da operação, a imprensa teve a oportunidade de  conhecer o Sistema de Proteção da Amazônia, localizado em Brasília, onde são realizadas as atividades técnicas e operacionais do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). O SIPAM é capaz de produzir imagens em alta resolução detectando alterações na floresta em quaisquer condições meteorológicas.

Há 17 anos o Sipam foi criado para promover a proteção da Amazônia Legal. O sistema utiliza complexa e sofisticada infraestrutura tecnológica, composta por subsistemas integrados de sensoriamento remoto, radares, estações meteorológicas e plataformas de dados.

Segundo o Ministério da Defesa, desde a sua criação, o governo vem investindo na atualização permanente do sistema, de tal forma que a infraestrutura existente permite que o Sipam seja capaz de promover o completo monitoramento da região, integrar informações e produzir conhecimento em tempo muito próximo ao real.

* Com informações do Ministério da Defesa
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