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13/09/2019 às 10h45min - Atualizada em 13/09/2019 às 10h45min

Caipirinha está 16% mais barata do que um ano atrás

O custo para fazer uma caipirinha individual nos lares caiu graças à queda nos preços do limão e do açúcar.

Ana Ferreira
Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
Considerado o drink nacional e patrimônio cultural protegido internacionalmente desde 2003, a caipirinha é uma das principais opções de bebida tanto para aquecer quanto para refrescar. A boa nova é que o preço para o preparo da versão tradicional do drink – limão, açúcar e cachaça - caiu mais de 16% no período de um ano, o que representa um incentivo a mais para comemorar o Dia Nacional da Cachaça, em 13 de setembro, com a tradicional caipirinha.

Segundo Thiago Berka, economista da APAS, a instabilidade econômica nos últimos anos gerou uma queda no consumo de bebidas alcoólicas nos bares e ajudou a migrar as confraternizações para dentro dos lares, beneficiando as vendas no varejo alimentar. “Estimativas apontam que, enquanto bares terão crescimento de 1% no consumo de cerveja, por exemplo, os supermercados terão 4%. A oferta de todo tipo de opção nos supermercados, desde as marcas mais populares até as especiais e artesanais, tornam ainda mais atrativa a degustação em casa”, exemplifica.

O consumo da caipirinha não foge desta migração para os lares. Dentre os ingredientes para o preparo – cachaça, limão e açúcar – observa-se no limão a maior queda de preço em um ano: 30,41%. Já o açúcar, caiu 8,39% no acumulado desses doze meses. Um dos motivos para a queda do limão é o aumento nas áreas plantadas que antes eram utilizadas pelas usinas para o cultivo de cana-de-açúcar. “Mais de 80 dessas áreas [de usinas de cana] fecharam nos últimos dez anos devido a políticas de gasolina subsidiada e ao baixo preço do açúcar no mercado internacional”, explica o economista da APAS, Thiago Berka. “Com isso, algumas terras foram reaproveitadas para a plantação de limão. A mesma explicação é para a produção de cana-de-açúcar, já que o volume que ia para a fabricação de etanol caiu e para açúcar subiu, baixando o preço”, conclui.

No entanto, este movimento de mercado tem seus dias contados. “Com a melhoria da política de combustíveis e descongelamento do preço da gasolina, o etanol voltou a ficar mais atrativo no preço pago aos produtores. A cana que vai para o açúcar caiu de 35,7% para 35,3%”, alerta Berka. Por isso, a hora de aproveitar os bons preços da bebida é agora.
 
A Data

O Dia Nacional da Cachaça foi instituído por um decreto parlamentar em 2010, para homenagear a passagem de nossa história conhecida como Revolta da Cachaça, em 1659, deflagrada após a coroa portuguesa proibir a produção de cachaça no Brasil e ordenar a destruição dos alambiques. A rebelião liderada pelos senhores de engenho do Rio de Janeiro acabou em 13 de setembro 1661, com a derrota dos rebeldes e a liberação da cachaça pela então regente Luisa de Gusmão.

Com a inserção da data no calendário oficial, muitos eventos passaram a ser organizados em torno do tema e, hoje, tornaram-se tradicionais entre produtores e consumidores da bebida. Dentre eles, a Cachaça Trade Fair (www.cachacatradefair.com.br), feira focada no B2B (de 17 a 19 de setembro, no Parque do Anhembi) já é considerado o maior evento do setor em São Paulo, atraindo gestores e consultores de bebidas de supermercados, hotéis e lojas, atacadistas, importadores, exportadores, jornalistas especializados entre outros.
 
Comparação de preços:



Sobre APAS Regional Araçatuba: A Regional Araçatuba foi responsável por 1,3% do faturamento do setor no Estado de São Paulo em 2018, o que equivale a aproximadamente R$ 1,3 bilhão. A geração de empregos também é bastante representativa: em torno de 7 mil pessoas trabalham em supermercados nesta região. Só na cidade de Araçatuba, o setor de supermercados faturou no ano passado R$ 424 milhões, o que equivale a 31% da região e 0,4% do faturamento de todo o Estado de São Paulo.

Sobre a APAS – A Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade tem em torno de 1.500 associados, que somam mais de quatro mil lojas.
 
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