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09/09/2019 às 10h17min - Atualizada em 09/09/2019 às 10h17min

Hospital Felício Rocho promove Semana da Conscientização da Epilepsia

De acordo com o Organização Mundial da Saúde (OMS), só no Brasil, 3 milhões de pessoas são acometidas pela doença

Assessoria de Imprensa, Naves Coelho
Foto: Divulgação
O que Machado de Assis, Van Gogh, Fiódor Dostoievski, Edward Lear e Emily Dickinson tinham em comum além da genialidade artística? Todos eles conviveram com a epilepsia. Dostoievski dizia que nos momentos de ataque epilético “realmente podia sentir a presença de Deus”. Já Lear não enxergava a doença como meio de alcançar a transcendência. O poeta inglês denominou seus ataques de “demônios”.
 
A diferença na reação dos dois escritores diante da epilepsia não é exclusivamente em função da personalidade de cada um. A doença, que durante muito tempo foi vista com maus olhos pela sociedade no mundo inteiro, apresenta sintomas diferentes de acordo com a parte do cérebro afetada. E, justamente para conscientizar a população sobre os sintomas e o tratamento necessário, o Núcleo Avançado de Tratamento das Epilepsias (NATE) do Hospital Felício Rocho participa, a partir desta segunda-feira (9), da Semana Nacional de Conscientização da Epilepsia, organizada pela LBE (Liga Brasileira de Epilepsia), que contará com palestras, exposições de arte e apresentação musical com entrada franca.
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas são diagnosticadas com epilepsia em todo o mundo. Só no Brasil, ela acomete 3 milhões de pessoas. Considerada como doença neurológica, a epilepsia se caracteriza por descargas elétricas anormais e excessivas. O tratamento é realizado por meio de medicamentos e o paciente é submetido a procedimentos cirúrgicos só quando não responde ao tratamento. Entre as principais causas a doença, estão a origem genética e lesões no cérebro, como AVC, traumatismo craniano, entre outras.
 
“Queremos atingir a população de maneira geral a fim de quebrar muitos mitos e preconceitos que as pessoas ainda têm sobre a epilepsia. É importante lembrar que o paciente diagnosticado com a doença pode levar uma vida normal. É isso que queremos mostrar no evento”, ressalta Dra. Andrea Julião, neurofisiologista do corpo clínico do NATE.
 
A programação da semana terá início na segunda-feira (9), com médicos e enfermeiros do hospital vestindo roupas e adereços na cor violeta, escolhida como símbolo da epilepsia. Já na terça-feira (10), às 11h, Dra. Andrea ministrará a palestra “Epilepsia no século XXI” para todo corpo clínico do hospital, no Núcleo de Estudos do Hospital Felício Rocho. Mais tarde, às 19h, na sala 022 da Faculdade de Medicina da UFMG, representantes da Liga Acadêmica de Epilepsia participam de um debate com médicos e estudantes de medicina sobre “Neuroimagem em epilepsia”.
 
Na quinta-feira (12), às 19h30, residentes de neurologia, neuro pediatria e neurocirurgia se reúnem na Associação Médica de MG para a primeira reunião clínica do capítulo MG-LBE. “Esse encontro é voltado para médicos e residentes da área de neuro. Vamos começar com uma palestra e depois eles vão compartilhar casos para os quais ainda não encontraram solução. Assim, discutiremos as opções de tratamento”, adianta Dra. Andrea.
 
Para fechar a semana, atividades abertas ao público serão realizadas na sexta-feira (13), no Núcleo de Estudos do Hospital Felicio Rocho. Com a colaboração da ABE (Associação Brasileira de Epilepsia) e da AMAE, a partir das 16h, haverá um bate-papo sobre “Epilepsia no dia a dia”. Em seguida, encerrando a semana com foco em Arte e Epilepsia, o público participará do “Café com arte”, onde poderá conferir trabalhos artísticos e apresentações musicais de pessoas com epilepsia.
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