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05/09/2019 às 15h49min - Atualizada em 05/09/2019 às 15h49min

Zoológico de Rio Preto registra nascimento de filhote de anta

Clínica do local recebeu 70 animais silvestres em agosto, dentre eles filhotes órfãos de diversas espécies

Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
Com um plantel formado, em grande parte, por animais idosos, o Zoológico de Rio Preto comemora nesta quinta-feira, dia 5/9, um mês de nascimento de um filhote de Anta (Tapirus terrestris). O animal, uma fêmea, foi gerado e nasceu de forma natural no Zoo, no dia 5/8.

O nascimento só foi informado agora, devido aos cuidados e resguardo necessários nas primeiras semanas de vida. O filhote é resultado da cruza de um casal da espécie que vive no local. A gestação da espécie dura 14 meses.

Com o nascimento, outro macho adulto que vivia no local foi transferido para outra instituição. Restam no Zoo local agora, o casal e a filhote que se desenvolve e ganha peso rapidamente.
 Sobre a espécie

A Anta é um animal símbolo do Zoológico de Rio Preto e aparece na nova logomarca do Zoobotânico, por sua importância no meio ambiente: é uma grande dispersora de sementes, conhecida como jardineira da floresta.

A Anta (Tapirus terrestris) é o maior mamífero herbívoro do Brasil e pertence à família Tapiridae. O animal de grande porte pode medir até 2 metros de comprimento e pesar até 250 quilos. Tem focinho alongado que lembra uma pequena tromba.



Assume coloração marrom-acinzentada. A face é mais clara, as pernas são curtas e negras. Tem pelo uniforme. Alimenta-se de galhos, gramíneas, plantas aquáticas, cascas de árvores, folhas de palmeiras e também frutos.

Vive entre a vegetação da floresta e geralmente procura alimento em matas e pastos, ao anoitecer. A anta é excelente nadadora. Pode ser avistada atravessando lagos e rios. Costuma ainda banhar-se em poças e até se esconder.

A gestação pode durar até 439 dias e dela nasce um filhote. O bebê tem listras brancas para se camuflar e vive com a mãe até os dois anos. Ocorre na Venezuela, Colômbia, no Paraguai, Norte da Argentina, Leste dos Andes e também no Brasil. É um animal ameaçado de extinção.

Filhotes e adultos resgatados

Além de filhotes nascidos na instituição, que é administrada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, outros animais jovens, muitas vezes recém-nascidos e órfãos são encaminhados para lá pela Polícia Militar Ambiental e Ibama para receberem cuidados, todos os meses. Em agosto, o Zoológico recebeu e cuidou de 70 animais silvestres resgatados vítimas de tráfico, cativeiro, atropelados, doentes, vítimas de queimadas, etc. Dentre esses, vários filhotes órfãos ou que se perderam ou foram retirados dos pais,  de diversas espécies.

No local, os pequenos animais recebem atendimento veterinário, nutricional e outros cuidados, de acordo com cada espécie. O esforço é para que cresçam e se desenvolvam, até que possam ser soltos na natureza, quando é possível a reintrodução ou, sejam introduzidos ao plantel ou direcionados para outras instituições, quando a soltura não é indicada por não se garantir que sobrevivam sozinhos no habitat natural.

Dentre os animais internados para cuidados veterinários destacam-se os filhotes de Jandaia-coquinho (Eupsittula aurea), de Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), Tamanduás Bandeira (Myrmecophaga tridactyla), além de dois Veados-catingueiros (Mazama gouazoubira) que foram atropelados e inspiram cuidados mais intensivos.

Em agosto foram acolhidos pelo Zoológico os seguintes animais: urubu de cabeça preta (3), Gambá de orelha branca (4),  sagui de tufo preto (7), suindara (3), marreco pequim (7), marreco mallard (4), papagaio do mangue (2), jandaia coquinho (9), papagaio  verdadeiro (3), tucano toco (1), coruja buraqueira (2), carcará (1), maritaca(4), pomba asa branca (4), jabuti (2), seriema (1), cachorro do mato (3), bem-te-vi(1), corrupião (2), veado catingueiro (3), corujinha do mato (1), udu-de-coroa-azul (1) e duas aves não- identificadas.
No ano passado quase 700 animais da fauna silvestre de toda a região foram atendidos no Zoológico de Rio Preto.
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