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03/09/2019 às 09h42min - Atualizada em 03/09/2019 às 09h42min

Queimadas na Amazônia aumentam 196% em agosto e superam média histórica

Para a coordenação do Observatório do Clima, o recorde de queimadas registrado em 2019 é “o sintoma mais visível da antipolítica ambiental do governo de Jair Bolsonaro”.

ANDA
Foto: Ueslei Marcelino
As queimadas na Amazônia quase triplicaram no mês de agosto em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 30.901 focos de incêndio até sábado (31). Em 2018, foram 10.421, o que representa um aumento de 196%. Os dados são do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Além do aumento em relação a agosto do ano passado, o número de queimadas registrado em agosto deste ano também supera a média histórica para o mês, de 25.853, para o período entre 1998 e 2018, e é também o mais alto desde agosto de 2010, quando 45.018 focos de incêndio foram registrados devido a uma seca severa histórica.

As queimadas estão sendo realizadas no chamado “arco do desmatamento” – que começa no Acre, passa por Rondônia, pelo sul do Amazonas, chega ao norte do Mato Grosso e também ao sudeste do Pará. Especialistas acreditam que o fogo tem sido usado para limpar áreas desmatadas.

Na sexta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro alterou um decreto assinado por ele um dia antes, que proibia queimadas em todo o país por 60 dias, e abriu uma exceção para “práticas agrícolas, fora da Amazônia Legal, quando imprescindíveis à realização da operação de colheita, desde que previamente autorizada pelo órgão ambiental estadual”.

A coordenação do Observatório do Clima, grupo que reúne aproximadamente 50 ONGs que lutam contra as mudanças climáticas, afirmou à revista Exame que o recorde de queimadas registrado em 2019 é “o sintoma mais visível da antipolítica ambiental do governo de Jair Bolsonaro”.
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