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30/08/2019 às 10h34min - Atualizada em 30/08/2019 às 10h34min

Saiba por que é tão importante reciclar o próprio lixo

Henrique Marsura
Assessoria de Imprensa, Gear SEO
Em 2017, a Associação Brasileira Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) divulgou que, naquele ano, o Brasil havia produzido mais de 78 milhões de toneladas de resíduos; cada brasileiro gerou 378 kg de lixo. Foram quase 215 mil toneladas por dia.
 
O dado é impactante, mas é mais alarmante saber que, embora os municípios recolham os resíduos, boa parte do descarte é feita em aterros e lixões, ou seja, de forma inadequada. Além disso, muitas cidades não têm programas de coleta seletiva, isto é, não fazem a separação do lixo e não reciclam os materiais.
 
Como grande parte deste lixo é plástico, o problema é ainda maior. Isso porque, geralmente, este material é descartado, ainda que indiretamente, nos rios e oceanos o que impacta de forma determinante a fauna e a flora marinhas e, a longo prazo, a própria vida humana.
 
Lembra quando você foi visitar Caldas Novas ou Bonito, ou, quando viajou para as diferentes praias do nordeste e viu algum amigo ambientalista dizendo da importância da reciclagem para manter todas estas paisagens vivas? Pois é, não é mero discurso de “militante” não. A reciclagem é realmente decisiva para o meio ambiente e para a vida humana.

Quais os materiais recicláveis

Há 4 grandes grupos de materiais recicláveis: o plástico, os metais, os papéis e os vidros. Em cada grupo, há alguns itens que não são recicláveis, ou seja, que não são reaproveitáveis pelo homem. Neste caso, a natureza precisa decompô-los e, geralmente, este é um processo lento que leva milhares de anos.
 
Destes macro materiais, o plástico é um dos mais perigosos e destrutivos.

Por que o plástico é tão nocivo

O plástico é uma das substâncias mais nocivas que pode ser descartada nos rios e mares. Isso porque, além de demorar muito tempo para se decompor – mais de 200 anos – ele também provoca a morte de milhares de peixes, aves e tartarugas marinhas que confundem o plástico com alimentos.
 
Não são raras as cenas em que os ambientalistas mostram aves e peixes asfixiados por sacolas de plástico ou por tampinhas de garrafa, por exemplo. E estes “macroplásticos” que vemos a olho nu são apenas a ponta do iceberg.

Microplásticos

Os microplásticos, pequenas partículas deste material, podem estar “diluídas” na água ou ser ingeridas por outros animais. Estes pequenos fragmentos de plástico podem ser ingeridos involuntariamente por peixes e todas as outras espécies marinhas e, como elas não conseguem digeri-los, gera-se uma cadeia de contaminação e de infecção de toda a fauna e flora marinhas.

 
E, mais que isso, nós humanos também ficamos expostos ao plástico, já que o consumo de peixes e frutos do mar, por exemplo, são muito comuns em diversas culturas. Ou seja, o mal que geramos para a natureza ao não reciclar o lixo acaba voltando para nós mesmos.

Números da produção de plástico no Brasil

Segundo a World Wide Fund for Nature (WWF), o Brasil produz mais de 11 milhões de toneladas de plástico por ano e ocupa o quarto lugar entre os maiores produtores do material. Cada brasileiro chega a produzir 1 kg de plástico por dia.
 
O dado mais alarmante é que não reciclamos nem 1% deste total: são apenas 145 mil toneladas de plástico reciclado no Brasil. 

Razões para reciclar

Há muitas razões para reciclar, nós elencamos algumas delas.

Preservar o meio ambiente

Reciclar é uma das formas mais eficientes de preservar os recursos do meio ambiente. Isso porque, quando reciclamos, estamos evitando que a própria natureza demore muito tempo e gaste muitos de seus recursos para decompor as substâncias que, afinal de contas, nós tiramos dela própria.
 
Além disso, com a reciclagem, nós evitamos que a fauna e a flora sejam contaminadas por substâncias nocivas, como o próprio plástico sobre o qual falamos. 

Gerar empregos

Acredite, a reciclagem gera muitos empregos, isso, porque é necessário coletar e separar os produtos – o que, no Brasil, é feito pelos “catadores”. A reciclagem deve ser feita por empresas especializadas que também precisam empregar mão de obra qualificada.
 
Mas muitos artesãos usam o material reciclado como matéria-prima e os produtos fabricados são reinseridos na sociedade e movimentam a economia. Ou seja, é uma cadeia altamente produtiva e pode ser muito lucrativa.
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