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19/08/2019 às 09h16min - Atualizada em 19/08/2019 às 09h16min

Duas maiores facções criminosas do país se unem contra iniciativa de Sérgio Moro

MBL NEWS
Rompidas desde 2016, as duas maiores facções criminosas do Brasil, PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), juntam esforços para tentar derrubar uma portaria do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que trata do sistema penitenciário federal.

Integrantes das organizações concordaram em ir à Justiça contra a portaria 157, assinada por Moro em fevereiro deste ano, que proíbe o contato físico entre presos e seus familiares, além de reforçar o veto à visita íntima.

A medida do ministro visa dificultar a comunicação de chefes de organizações criminosas com o mundo externo. Sabe-se que chefes de facções comandavam o crime mesmo detidos.

A Instituição Anjos da Liberdade, que atua em nome de todos os presos das unidades federais, que fez a mediação do acordo entre as facções.

“Existia uma preocupação a respeito de quem me pagava (se era a facção rival). Eu disse: “Ninguém paga, não. O instituto tem um trabalho gratuito, a gente não recebe de ninguém””, afirma Flávia Pinheiro Fróes, presidente do instituto.

“A guerra continua. Mas houve uma espécie de trégua não declarada com a ida desses chefes paulistas para o sistema penitenciário federal. Como eles estão privados de regalias, a tendência é haver alianças para pressionar o Estado e favorecer os chefes no sistema federal. Eles agem baseados em interesses próprios”, disse o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo.

Tanto advogadas do Instituto Anjos da Liberdade, quanto o Ministério Público do Rio de Janeiro, negam que houve um armistício.
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