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30/07/2019 às 08h56min - Atualizada em 30/07/2019 às 08h56min

Polícia de SP encerra investigação do 'Caso Neymar' e não indicia jogador por estupro

Em maio, a modelo Najila Trindade de Souza acusou o atleta de estupro e agressão.

Huff Post
Foto: Divulgação
A Polícia Civil de São Paulo, nesta segunda-feira (29), encerrou a investigação  do “Caso Neymar” e decidiu não indiciar o jogador por crime de estupro e agressão, como acusou a modelo Najila Trindade de Souza, em maio.

Investigação teve início quando a modelo registrou boletim de ocorrência em 31 de maio contra o jogador, na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, de Santo Amaro, em São Paulo. A delegada responsável, Juliana Lopes Bussacos, tinha 30 dias para concluir, mas pediu que o prazo fosse prorrogado até o 1º de julho.

O inquérito concluiu que o jogador não cometeu os crimes pelos quais foi acusado; relatório do caso agora seguirá para o Ministério Público de São Paulo, que fará uma avaliação e escreverá um parecer. 

Promotoras do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), que estão envolvidas no caso, tem o prazo de 15 dias para oferecer nova denúncia, pedir o arquivamento ou pedir novas diligências. 

Segundo informações, a investigação encontrou contradições nos depoimentos de Najila. O G1 informa que as cópias dos inquéritos foram anexadas à investigação de estupro, mas as imagens e o prontuário médico da jovem não chegaram a tempo, mas a delegada encerrou o caso mesmo assim.

“Não chegaram as imagens e nem um laudo ginecológico. O que eu entendo é o seguinte: com toda a pressão, a situação Neymar sai, não sai de Paris. acredito que delegada resolveu tirar o abacaxi da mão dela. Jogou a bola no colo do Ministério Público”, disse o advogado de Najila, Cosme Araújo.

A delegada responsável pelo caso concederá uma entrevista coletiva amanhã, terça-feira (30), para falar sobre o caso na sede do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DECAP). 

O caso Neymar e a acusação de estupro
 
Às vésperas do início da Copa América no Brasil, um escândalo envolvendo uma das estrelas da equipe brasileira se tornou um dos principais assuntos de discussão nas redes sociais e na imprensa. Neymar Junior foi acusado de estupro e agressão pela modelo Najila Trindade.

As investigações do caso começaram em 31 de maio, quando a modelo fez o boletim de ocorrência na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, no bairro de Santo Amaro, em São Paulo. Em seguida, ela realizou exames de corpo e delito no hospital Perola Byington.

De acordo com depoimento à polícia, ela e o atacante do Paris Saint Germain trocaram mensagens pela internet e, em 15 de maio, se encontraram pessoalmente, em Paris. Um assistente do atacante teria enviado a ela passagens de avião e reservas em um hotel.

No dia do encontro, segundo a jovem, eles teriam trocado carícias mas Neymar, que segundo ela estava embriagado, teria ficado agressivo e, mediante violência, praticado ato sexual sem seu consentimento e sem camisinha. Segundo Najila, a discussão entre os dois teria começado por este motivo.

Para se defender das acusações, Neymar publicou um vídeo em sua conta no Instagram em que diz ser vítima de extorsão e mostra as conversas com a jovem, que incluem imagens de nudez.

Imagens do corpo de Najila com hematomas circularam nas redes sociais e foram publicadas pela imprensa. Em seu depoimento, Neymar disse que a modelo foi culpada pelas lesões porque “pedia mais”. Najila nega.

Em seu depoimento, o atacante rebata acusações da modelo e afirma ter usado preservativo e jogado no vaso sanitário na sequência. No dia seguinte, eles se encontraram novamente. A modelo gravou o encontro com a intenção de ter uma prova, mas o vídeo completo não chegou a ser entregue à polícia.

Nas imagens, que viralizaram durante o período de investigação, ela aparece questionando e dando tapas em Neymar. A jovem diz que a gravação seria uma forma de fazer ele confessar que a agrediu na véspera.
 

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